Bebedouros adaptados. Água pública, potável e de graça para todas as pessoas.

Man climbs CN Tower steps in wheelchair

Escrito por Ricardo Shimosakai

7 de dezembro de 2022

Bebedouros adaptados. Beber água é fundamental para o ser humano, e alguns médico dizem que a água é o remédio mais barato, fácil e eficiente do planeta, mas não para se curar depois de adoecer, e sim para prevenir doenças e se manter saudável. São necessários 2 litros de água por dia para um adulto, mas é uma estimativa genérica. Nutricionistas ensinam a fazer um cálculo mais preciso da quantidade de água que seu corpo precisa ingerir, onde é considerado 35ml de água pelo peso corporal de cada pessoa. Por exemplo, eu peso 62kg, então multiplicado 62×35, o resultado é 2.170, por isso preciso beber 2 litros e 170 ml por dia. Faça sua conta também!

Mas para beber tudo isso, é difícil ter essa quantidade de água à disposição, principalmente quando estamos fora de casa, pois carregar mais de dois litros de água, é bastante volumoso e pesado. Uma saída seria comprar água pelo caminho, mas não é qualquer lugar e hora que encontramos locais que vendem água, sem contar que comprar água todo dia é um peso a mais no bolso, por mais barata que ela seja. No Brasil, há um costume de ter bebedouros públicos em diversos lugares onde haja público, como shopping centers, aeroportos, parques, hospitais, escolas e inúmeros outros estabelecimentos, coisa que eu não vi muito em países do exterior.

Isso ajuda muito a gente a encher a garrafinha de água, que todo mundo deveria carregar, ou senão beber diretamente na bica do bebedouro. E para que o bebedouro possa atender a todos, ele precisa ter acessibilidade. O equipamento precisa de recursos de acessibilidade, mas a instalação também precisa ser acessível, num local acessível. Acessibilidade se faz, com um planejamento, e não com uma ação pontual. Por melhor que seja o equipamento, com acessibilidade e autonomia, se instalado em um lugar com acesso por escadas, a acessibilidade seria frustrada.

Então é preciso que haja espaço para aproximação, que um cadeirante consiga praticamente encostar seu tronco no bebedouro, para inclinar a cabeça e direcionar a boca para a saída de água. A altura também é muito importante, pois dependendo disso, um cadeirante pode não conseguir alcançar a saída de água com a boca. E para que a água saia, é preciso que o botão esteja também ao alcance, que a pressão necessária seja suave, sem necessitar de grande força, a área de pressão do botão seja grande, que consiga apertar facilmente com o punho, e não aqueles botões minúsculos onde você é forçado a pressionar com um dedo. Como você vai beber ao mesmo tempo que aperta o botão, essa operação tem que ser ergonomicamente confortável.

Bebedouros modernos, oferecem a opção de água natural sem gelo, ou água gelada. Então é necessário que o botão tenha identificação em Braille, para que a pessoa cega saiba em qual botão deve apertar para obter o tipo de água desejada. No Parque do Ibirapuera, encontrei um bebedouro para pessoas em pé, no mesmo conjunto um bebedouro para pessoas em cadeira de rodas, que também servia para crianças ou pessoas com baixa estatura, e do lado, um bebedouro para cachorros, com uma torneira e uma vasilha fixa no chão.

Os bebedouros são considerados equipamentos públicos, e por isso a acessibilidade é obrigatória. O termo público, não quer dizer somente ao que é oferecido pelo poder público como prefeitura e governo, mas para aquilo que é utilizado por diferentes tipos de pessoas. Um bebedouro na academia, apesar de ser somente para os alunos, é considerado público, pois qualquer tipo de pessoa pode se tornar um aluno, inclusive pessoas com deficiência.

A meu ver, a indústria deveria passar por uma transformação, e somente serem permitidos fabricar produtos com acessibilidade, como os bebedouros. Com uma oferta diversa de produtos, muitos deles sem acessibilidade, o controle fica muito mais difícil. Esses pontos de vista, eu ensino bastante em meu Curso Online Acessibilidade e Inclusão, para que os alunos tenham uma visão ampla e prática do universo da acessibilidade. Quando aplico minha consultoria em acessibilidade, coloco em prática o que eu ensino, baseado em muitas experiências pessoais e muita troca de ideias com a comunidade de pessoas com deficiência.

Dependendo do que você precisa, também dou palestras para eventos e dou treinamentos quando o ensino é mais direcionado. Dicas você pode encontrar no meu Instagram e no canal do YouTube. Mas uma dica importante é, contrate um profissional com experiência, pois vejo muito erros feitos por pessoas que se apresentam como profissional, mas não tem experiência ou não conhecem realmente as necessidades das pessoas com deficiência.

 

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