Acessibilidade nas plataformas. Anderson Ferreira convidou Ricardo Shimosakai para uma live, para falar sobre acessibilidade, do ponto de vista funcional, a forma como as pessoas com deficiência vivenciam as soluções de dificuldades na prática, no cotidiano ou em situações específicas. Como Ricardo Shimosakai é bastante ativo, em visitar lugares e passar por experiências, no Brasil e exterior, além de ter um relacionamento ativo e direto com inúmeras pessoas com diversos tipos de deficiência, seus relatos são bastante ricos.
Anderson Ferreira é Engenheiro pela PUC Minas (Pontifícia Universidade Católica), tem MBA em Gestão de Projetos de Engenharia e Inovação pela USP (Universidade de São Paulo), Mestrado em Engenharia Mecânica, área de projeto e sistemas pela UFMG (Univesidade Federal de Minas Gerais). Diretor de projetos da IESAB Engenharia de Elevação e Professor de gerenciamento de projetos na PUC Minas.
Ricardo Shimosakai é um profissional especialista em acessibilidade, inclusão e turismo. Bacharel em Turismo pela Universidade Anhembi Morumbi/ Laureate International Universities, Pós-Graduado em Educação 4.0 pela Faculdade Descomplica, trabalha desde 2004 na área. Membro do Instituto Iberoamericano de Turismo Accesible, SATH e ENAT, organizações internacionais de turismo acessível. Consultor, palestrante internacional e docente em cursos de Graduação, Pós-graduação e MBA. Criou a Turismo Adaptado e organizou didaticamente o conceito de Acessibilidade Funcional, onde ensina em seus cursos e treinamentos.
Ricardo contou sua história, como adquiriu sua deficiência e o processo de reabilitação até passar a ser um empresário de sucesso. Comentou sobre seu perfil bastante crítico, por ser uma pessoa bastante experiente no mercado da acessibilidade, e por isso enxerga falhas e defeitos em produtos e serviços onde outra pessoa com deficiência já havia elogiado, mas por ter um nível crítico baixo, devido ter pouca vivência e conhecer poucas oportunidades.
Complementando a acessibilidade nas plataformas
Em resposta à uma pergunta de Anderson, comentou que a acessibilidade ainda é pouco aplicada, e mesmo aqueles que aplicam, às vezes são incompletos, que um bom local adequado vai além da acessibilidade nas plataformas, e por isso muitos não dão um bom resultado.
Vários lugares que colocam a acessibilidade arquitetônica, tecnologias assistivas como plataformas, mas não deixam isso claro nos locais de informação, como no site da empresa, como hotéis, teatros, clube, entre outros. Se a acessibilidade não é informada, boa parte das pessoas com deficiência, que geralmente fazem uma pesquisa prévia sobre as condições do local, não se sentem seguras em visitar o local. Então não basta ter acessibilidade, é preciso informar e divulgar sobre ela.
Comentou que as empresas que enxergam a pessoa com deficiência como consumidora, e investem em um bom planejamento de acessibilidade e inclusão feita por profissionais experientes, tem resultados significativos. Um exemplo é o mercado automobilístico, onde podemos encontrar concessionárias de automóveis com rampas, acessibilidade nas plataformas e elevadores, banheiros adaptados e equipe de atendimento capacitada.
Sem contar nos despachantes especializados para dar entrada no processo de compra com isenção de impostos, autoescolas com carros adaptados para aulas e instrutores intérpretes de Libras para surdos, e oficinas para instalar adaptações necessárias para dirigir. Além disso, anunciam em meios de comunicação voltado ao público com deficiência, e são grandes expositores em feiras e eventos desse segmento, ou seja, todo um mercado preparado para esse público.
Critica a utilização das normas de acessibilidade como se fosse uma receita mágica, onde a partir do seu cumprimento, tudo está resolvido. Na prática não é assim, e para complementar e corrigir alguns pontos das normas e leis existentes, Ricardo Shimosakai desenvolveu um conceito chamado Acessibilidade Funcional, baseado na prática do usuário, algo parecido com o que programadores do setor de informática chamam de UX Design. Se isso for levado em conta, muitos erros de projetos de acessibilidade nas plataformas podem ser evitados.
Esse conceito é aplicado na consultoria de acessibilidade que Ricardo Shimosakai é contratado e também é ensinado nos treinamentos, cursos, aulas e palestras que ministra no Brasil e exterior. Já formou centenas de alunos, e cada vez mais tem tido reconhecimento de seu método, principalmente pelos próprios usuários, que é quem mais importa, como você pode conferir nos comentário feitos em seu perfil do Instagram, nos artigos do Blog e nos vídeos do YouTube.
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