Acessibilidade na cortina. Cortinas são um acessório bastante comum, para bloquear a luminosidade vindo da janela ou por questões de privacidade, para que ninguém veja para dentro do recinto. Porém, pouco se fala da acessibilidade em um ítem tão comum. Existem diferentes tipos de cortina, e estou falando de um modo geral, desde tradicionais cortinas de pano, persianas ou qualquer acessório que faça as funções que eu coloquei no começo.
Para conseguir abrir e fechar as cortinas, primeiro é preciso de um espaço de aproximação, que a gente consiga chegar perto da cortina para poder manipulá-la. Às vezes há móveis como armários em frente da cortina, ou o espaço para chegar até ela é muito estreito para passar uma cadeira de rodas. Em uma consultoria de acessibilidade que eu apliquei em uma empresa, havia essa dificuldade da acessibilidade na cortina, mas como havia espaço no local, bastou reposicionar os móveis.
Acessibilidade na cortina
Outro ítem importante para a acessibilidade na cortina, é o alcance manual, pois algumas cortinas ou persianas, é preciso que você pegue em um local específico para conseguir abri-la, e esse local pode estar fora do alcance, muito alto ou distante. A altura de qualquer tipo de controle, precisa estar ao alcance de pessoas em cadeira de rodas ou com baixa estatura. O alcance manual é um dos princípios básicos muito importantes da acessibilidade, e por isso dou destaque no meu Curso Online Acessibilidade e Inclusão.
No vídeo abaixo, eu mostro a falta de acessibilidade na cortina na prática, a dificuldade de abrir e fechar um modelo de cortina tradicional, que encontrei em um hotel. Provavelmente este material também fará parte das apresentações de minhas palestras, pois sempre utilizo materiais próprios colhidas em experiências práticas, por isso minhas palestras são únicas.
Essa cortina vai do teto até o chão, conectada a trilhos fixados no teto, além de bastante pesada. Então, se você puxar a cortina de uma altura baixa, praticamente só balança a cortina, mas não consegue movimentar a parte conectada ao trilho, que é aonde a cortina se movimenta. Por isso muita gente estica o braço para cima e pega a cortina no ponto mais alto que consegue, para fazer essa movimentação. Só que para uma pessoa com deficiência, isso é inviável, então essa cortina não deveria estar num quarto acessível.
É claro que muitos colocam essas cortinas de pano por achar elas mais bonitas, mas vamos à praticidade que é o que interessa para a acessibilidade na cortina. As persiana, que são aquelas cortinas de movimento vertical, eu acho muito mais práticas. Geralmente são feitas de palhetas de plástico ou material semelhante, mas eu já vi persianas feitas de pano contínuo, muito bonitas, por sinal. O bom das persianas são o controle para você abrir e fechar. Geralmente são abertas por correias, que você puxa verticalmente, e essas correias podem ser prologadas para ficar ao alcance manual.
O problema, é que muitas delas não são monocomando, ou seja, não é possível abrir com um único movimento, é preciso puxar várias vezes. Além disso, para segurar a correia e puxar, é preciso utilizar os dedos e ter certa força, mas isso são pontos que podem ser melhorados. Mesmo com esses problemas, acho as persianas melhores, considero as cortinas mais difíceis de abrir. Eu prezo muito a prática, e em meus treinamentos, procuro colocar uma parte prática no ambiente do meu cliente, pois assim o aprendizado é muito maior.
Acessibilidade é um quebra-cabeça com várias peças, então você pode saber mais a respeito dessas peças pesquisando outros artigos em meu blog, um dos mais antigos a falar sobre acessibilidade. Me siga no Instagram, pois lá tem conteúdos exclusivos, além das chamadas dos artigos do blog e vídeos no YouTube. Também se inscreva no meu canal do YouTube, lá é praticamente uma Netflix da acessibilidade e inclusão, então clique no sininho para ser avisado sobre novos vídeos.
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