A força do digital na acessibilidade e inclusão. Saiba mais como explorar este poderoso recurso.

Man climbs CN Tower steps in wheelchair

Escrito por Ricardo Shimosakai

20 de maio de 2022

A força do digital na acessibilidade e inclusão. Os recursos digitais tem um grande impacto na sociedade, para todas as pessoas. Para as pessoas com deficiência, isso também se mostra bastante significativo, oferecendo diversas facilidades para que tenhamos uma sociedade mais acessível e inclusiva.

Os surdos possuem dificuldade em se comunicar, pela falta de pessoas com conhecimento na Língua Brasileira de Sinais. Isso é um problema crítico, nas áreas essenciais de nossas vidas, como a saúde e educação. Então a Central de Libras, que é um recurso digital, onde um intérprete de Libras, faz a tradução da conversa através de uma chamada de vídeo. Com a câmera e visor do aparelho, que pode ser um computador ou celular, voltado para o surdo, quando ele gesticula, o intérprete enxerga e traduz em voz para a outra pessoa que está atendendo, e quando a pessoa fala, o intérprete escuta e traduz em língua de sinais para o surdo. Isso facilita bastante a questão de atendimentos onde é necessário um diálogo.

O museu, é um local onde se expõe obras de arte, onde é tudo muito visual, uma vez que você não pode tocar nas obras, e somente apreciá-las de modo visual. Então isso cria uma grande dificuldade para as pessoas com deficiência visual. Alguns museus ofereciam materiais em Braille, mas eram somente para poucas obras. Outro recurso para proporcionar acessibilidade é a audiodescrição, e como era difícil ter funcionários treinados para um atendimento presencial, a melhor opção foram os audioguias, onde o visitante pode selecionar a obra que quer conhecer e ouví-la. Aumentou a praticidade, e diminuiu o custo e trabalho para a produção. Aliás, também existem videoguias, que fazem a explicação da obra através da língua de sinais.

As lojas online facilitaram a vida de todos, em especial das pessoas com deficiência. Primeira na facilidade em encontrar produtos, pois antes era preciso visitar pessoalmente cada loja física. E muitos que moram em cidades melhores, eram forçados a fazer viagens longas para poder fazer as compras. Agora com as lojas virtuais, você pesquisa, compra e recebe seu produto em casa, um ótimo benefício para o comprador e também para o vendedor. Se bem trabalhada a estrutura da loja online, com descrição de produtos, facilita também às pessoas cegas.

E por falar em pessoas cegas, uma mudança que eu já falava há muito tempo, é a mudança dos cardápios de restaurantes para uma versão digital. A pandemia acabou forçando o mercado a fazer essa mudança rapidamente, pois não era possível que as pessoas ficassem tocando os cardápios físicos, então pode-se dizer que esse foi um dos pontos positivos da pandemia. Muitos cardápios agora, são acessados através de QR Code, para um site com menu, ou um cardápio em PDF. Isso ajudou bastante na confecção do produto, pois o Braille tem um preço alto para produção, e eliminou a dificuldade nas possíveis alterações. Hoje em dia, o aparelho celular já está em todas as classes sociais, e todos eles já vem com sistemas de acessibilidade.

Eu sempre sou chamado para palestras, e antes da pandemia, elas eram presenciais, para um público mais restrito. Pela restrição de se aglomerar pessoas, que é uma característica da palestra presencial, surgiram as palestras virtuais. Algo parecido, de forma mais informal e popular, pegaram força nas redes sociais, e são conhecidas como lives. Mas as palestras, para eventos virtuais, facilitaram a participação da pessoas, por não ter a necessidade do deslocamento, ao mesmo tempo que diminuíram os custos, para participantes e organizadores. Dessa forma, mais pessoas passaram a assistir as palestras. Facilitou, pelo meio virtual, a participação dos intérpretes de Libras, e outros recursos como legenda, e com isso a acessibilidade passou a ser muito mais conhecida por todos.

Com a popularização dos smartphones, o crescimento de aplicativos também aumentou, e trouxe consigo aplicativos voltados para as pessoas com deficiência. Existem atualmente, aplicativos para o reconhecimento de voz e interpretação em Libras, chamado Hand Talk. Para pessoas com deficiência visual, o Be My Eyes é um aplicativo onde pessoas se voluntariam para descrever imagens ao vivo para cegos, através de chamadas por vídeo do celular. O Guia de Rodas é um aplicativo colaborativo, onde pessoas avaliam a acessibilidade de diversos locais e estabelecimentos. Existe também, um aplicativo que utiliza pictogramas e imagens, para facilitar a comunicação de pessoas que tem dificuldade em se expressar. Há mais desses aplicativos no artigo que eu escrevi 10 Aplicativos para acessibilidade. Tecnologia à serviço da independência.

Os recursos digitais oferecem muitas facilidades, e se bem explorados, podem facilitar muito às pessoas com deficiência. E como foi mostrado, esses tipos de benefício, acabam facilitando quem usa, mas também quem oferece. Uma grande ferramenta para inclusão social, além de um grande recurso para adequar sua empresa. Inclusive, através do digital, eu tenho conseguido cada vez mais ensinar as pessoas sobrea a acessibilidade e inclusão. O Curso Online Acessibilidade e Inclusão é muito procurado, além de utilizar minhas redes sociais como Instagram e YouTube para compartilhar mais conhecimento. Inegavelmente, o sucesso do meu negócio, deve muito à força do digital.

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