Dispenser acessível. Dispenser é o nome técnico que se dá a uma espécie de reservatório de produto, que é consumido aos poucos pelo usuário. São aquelas caixinhas com sabonete penduradas na parede do banheiro, também utilizadas para oferecer álcool em gel, ou também que tem os papéis para secar as mãos.
Há modelos de dispenser que são muito difíceis para a manipulação de uma pessoa com deficiência, principalmente se ela tiver limitações de movimento, força ou coordenação nas mãos. Então para se ter um ambiente acessível, que necessite desse tipo de acessório, é preciso optar pelos tipos de dispenser acessível.
No dispenser de papel toalha, a retirada do papel é feita apertando em alguma alavanca que desenrola parte do rolo de papel. A alavanca é uma boa opção de acessibilidade, principalmente de ela for grande para facilitar o manuseio. Mas neste caso, a alavanca não representa um sistema de monocomando, pois depois de desenrolado, o papel precisa ser partido, então é uma outra etapa. Os papéis podem ser contínuos, e daí você puxa ele contra uma parte metálica serrilhada no próprio dispenser que ajuda a cortar o papel. Há papéis que tem uma paste picotada, em intervalos de uma folha, então você puxa o papel na área desse picote para separar as folhas.
Melhor modelo de dispenser acessível
O melhor modelo de dispenser acessível para papel toalha, é o que está exemplificado no vídeo abaixo. Na verdade, o dispenser em si é muito simples, é somente um recipiente para armazenar os papéis. Mas os papéis são folhas separadas, que não necessitam ser cortadas, basta você puxar o papel.
As pontas dos papéis estão ligeiramente conectadas entre si por uma dobra, e quando você termina de puxar um papel, o final dele automaticamente puxa o começo da outra folha, então sempre haverá uma ponta pra fora para que você possa puxar. E com isso se consegue formar um sistema de um único movimento. Mas é importante que o papel também seja bom o suficiente para que não desmanche quando uma mão molhada for tentar puxá-lo.
Outra questão muito importante, é o posicionamento do dispenser acessível, para que possa a pessoa com deficiência consiga ter aproximação e alcance manual, e assim conseguir utilizá-lo. É muito comum encontrar bons dispensers instalados em locais inacessíveis para boa parte dos usuários.
No caso do dispenser de sabonete, o mais indicado é aqueles que tenham uma alavanca frontal grande para liberar o produto. Há dispenser onde o local para apertar é um botão, e com uma área pequena para pressão, é preciso mais coordenação e força, o que vai contra as necessidades da acessibilidade. Mas o maior problema que eu encontro, é no local de instalação. Muitos estão fixados na parede lateral de onde está a pia, só que é ergonomicamente muito difícil aplicar uma forca lateral. Alguns também estão fora do alcance, às vezes prejudicados pelo tamanho da pia ou pela instalação inadequada de barras de apoio.
Existe modelo de dispenser acessível que é acionado automaticamente por sensor, e isso teoricamente é sensacional. Porém na prática, esses dispensers quebram muito, e precisam de uma manutenção mais cuidadosa. Acredito que mais para frente, com aperfeiçoamento desses equipamentos, poderão ser a melhor opção, mas por enquanto, os modelos com sistema mecânico ainda é o mais resistente e indicado.
O dispenser acessível pode ser considerado como uma tecnologia assistiva, que são os produtos que auxiliam na adequação da acessibilidade, e eu falo sobre isso em meu Curso Online Acessibilidade e Inclusão. Na minha consultoria em acessibilidade, muitas vezes a adequação da acessibilidade para o meu cliente, requer recursos de tecnologia assistiva, que eu indico especificamente, orientando os melhores produtos e até onde encontra-los.
Também é parte das aulas que eu ministro nos cursos de Graduação, Pós-Graduação e MBA. As palestras que eu ministro em diversos eventos ao redor do mundo, a tecnologia assistiva sempre está presente em minhas apresentações. Nos treinamentos especializados que já dei em diversas empresas, sempre mostro as tecnologias assistivas do local e a forma como elas devem ser melhor utilizadas.
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