Celular controlado pela cabeça. Atualmente é inegável a necessidade de estar conectado à internet. Mesmo que você não goste das tecnologias, elas podem ajudar muito a realizar tarefas, e mesmo alguns recursos, praticamente só estão disponíveis através de computadores ou smartphones. A pandemia ampliou ainda mais a necessidade das tecnologias, pois havia aulas que só estavam sendo ministradas de modo remoto, consultas médicas virtuais ajudavam a eliminar o deslocamento, economizando tempo e dinheiro, o home office, que dá flexibilidade de horários no conforto de sua casa, entre diversas outras facilidades, várias delas que vieram para ficar.
Mas se as tecnologias são tão importantes para a sociedade, então elas também devem possuir recursos de acessibilidade, para que a inclusão realmente aconteça. Algumas, apesar de ainda não serem tão praticadas, já são um pouco mais conhecidas pelas pessoas, como o intérprete de Libras, as legendas para os surdos, a audiodescrição e normas de acessibilidade na web para os cegos. Mas as pessoas com deficiência física também têm suas dificuldades, que não é somente uma mesa de computador que você consiga se aproximar com sua cadeira de rodas.
Você já pensou nas pessoas que por algum motivo não conseguem utilizar os braços para manusear o teclado e o mouse? Existem pessoas tetraplégicas que não tem os movimentos dos braços, amputados que perderam os braços devido a acidentes ou doenças, além daqueles que nasceram com alguma malformação do membro. Mas não para por aí, pois existem outros tipos de deficiência que podem afetar o movimento e a coordenação dos braços, como a Paralisia Cerebral, Ataxia, Esclerose Lateral Amiotrófica e até a Doença de Parkinson, entre várias outras.
Foi pensando nisso que a startup brasileira TiX Tecnologia Assistiva criou um aparelho chamado Colibri, que é um mouse controlado pelos movimentos da cabeça. É um pequeno e leve módulo, acoplado na lateral de um óculos comum, que estabelece uma conexão via Bluetooth, e por isso pode controlar o computador ou celular mesmo sem internet.
Utiliza as piscadas de olho para selecionar itens, a inclinação da cabeça para os lados para rolar a página para cima e para baixo, e o movimento da cabeça para direcionar o mouse. É bastante fácil de compreender, e em poucos minutos, já dá para se acostumar com os comandos. É possível fazer praticamente tudo o que uma pessoa faria com as mãos, inclusive fazer desenhos e participar de jogos online, tarefas que comandos de voz não conseguem executar tão bem.
As tecnologias assistivas auxiliam muito na acessibilidade e inclusão da pessoa com deficiência. É um mercado enorme e em constante evolução. Eu costumo dar o exemplo da cadeira de rodas, que em 2001, quando comprei meu primeiro modelo, só havia fabricantes nacionais que vendiam uma cadeira de rodas padrão, dobrável em X, onde as únicas coisas que você podia escolher, era a largura do assento e 4 cores básicas. As coisas evoluíram, e cadeiras de rodas importadas passaram a ser vendidas no Brasil, trazendo uma infinidade de variações de componentes para montar uma cadeira de rodas totalmente personalizada. Minha cadeira de rodas atual tem estrutura em titânio, proteções em carbono, rodas dianteiras com amortecedores, rodas traseiras esportivas e encosto rígido com regulagem, itens escolhidos por mim, totalmente diferente do meu primeiro modelo.
Quer saber mais sobre tecnologias assistivas? No meu perfil do Instagram e no meu canal do YouTube tem muitos exemplos sobre o assunto, superinteressantes. Pesquise no blog também, que vai achar muita coisa que às vezes pode não estar nos canais anteriores. Se quiser aprender com mais profundidade, a melhor opção e fazer meus cursos, e se precisa executar um projeto, minha consultoria vai te mostrar as tecnologias assistivas mais indicadas às suas necessidades, aconselhar os melhores modelos e onde eles podem ser adquiridos.
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