Mesas e bancos públicos. Tudo que é público, precisa também ter acessibilidade.

Man climbs CN Tower steps in wheelchair

Escrito por Ricardo Shimosakai

30 de março de 2022

Mesas e bancos públicos. Locais públicos como parques e praças, muitas vezes possuem mesas e bancos, que são confeccionados com material resistente ao uso contínuo e às ações do tempo, pois em grande parte estão ao ar livre, e com isso estarão expostos à chuva, vento, queda de folhas e galhos. Ficam permanentemente no mesmo lugar, fixados no chão, pois infelizmente se fossem mesas e cadeiras soltas, provavelmente seriam furtados.

É preciso planejar bem o local onde será instalado e a distribuição da mesa e dos assentos, para que seja adequadamente acessível. Como não há como afastar ou aproximar os bancos, então dever ser deixado um espaço para a aproximação de uma cadeira de rodas, além de uma altura que também irá influenciar na aproximação e no conforto da utilização.

O vídeo abaixo foi gravado no Parque Lina e Paulo Raia, e a mesa e os bancos tem os requisitos mencionados acima. Porém, os espaços onde é possível a aproximação da cadeira de rodas, tinham problemas. De um lado da mesa, o piso estava irregular, a parte cimentada não dava espaço para uma cadeira de rodas. Do outro lado da mesa, tinha um espaço grande e cimentado, porém estava numa inclinação, o que dificultada a aproximação, e mesmo depois com a cadeira de rodas próximo à mesa e com os freios acionados, dependendo do movimento a cadeira de rodas podia tombar para trás, por causa da alteração do centro de gravidade, causada pela inclinação.

Eu sempre insisto que um profissional com deficiência deve participar da elaboração e da execução desses projetos, pois caso eu estivesse nele, essas falhas teriam sido percebidas muito facilmente, e consequentemente evitadas, pois há todas as condições para isso. Não é à toa que a Convenção da ONU sobre os Direitos da Pessoa com Deficiência, teve como um lema que faz todo o sentido, onde diz “Nada sobre nós, sem nós”.

E é baseado nesse lema que eu desenvolvi o conceito da Acessibilidade Funcional, onde quem dita as normas são as próprias pessoas com deficiência em experiências reais. A teoria é criada com base na prática! Se você tem interesse em se aprofundar no assunto, visite a página sobre cursos, e aproveite para seguir o blog e as redes sociais para consumir os conteúdos livres.

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