Destinos turísticos acessíveis. Uma viagem é a combinação de vários fornecedores de equipamentos turísticos e também de prestadores de serviço. Geralmente a viagem inclui transporte, hospedagem, alimentação e visita aos atrativos. Então para se conseguir preparar destinos turísticos acessíveis, é preciso que tudo isso seja acessível e inclusivo. E para complementar, não basta que haja um ótimo produto turístico, também conhecido como pacote de turismo, se o turista não souber dele, então a informação e divulgação, também é de grande importância nesse processo.

Eu já fiz consultoria em acessibilidade para projetos para adaptar cidades e regiões com potencial turístico. Alguns dos destinos turísticos que eu elaborei um produto turístico acessível de sucesso são Bonito/MS, Foz do Iguaçu/PR, Serras Gaúchas/RS, Natal/RN, Rio de Janeiro/RJ, São Paulo/SP e Salvador/BA. Também já fiz trabalho para destinos turísticos acessíveis no exterior, como Alemanha, Itália, Peru e Espanha. Em todos eles, a ideia não é que o destino seja totalmente acessível e inclusivo, mas que todas as necessidades do turista com deficiência, sejam atendidas.

Destinos turísticos acessíveis

Não basta ter um equipamento turístico, como é tecnicamente denominado os hotéis, atrativos, restaurantes e outros estabelecimentos turísticos, com acessibilidade se o atendimento não é satisfatório para atender os clientes com deficiência. O turismo dá muita ênfase ao que se chama de hospitalidade, que em modo geral, é o ato de receber bem viajantes ou pessoas que estão visitando determinado local. Então para receber bem uma pessoa com deficiência, é preciso conhecer as necessidades que esse público possui, e como fazer para atendê-los de forma correta. Para capacitar pessoas e equipes, eu tenho um treinamento especializado no atendimento inclusivo.

Eu me formei em turismo, na Universidade Anhembi Morumbi, e tinha aulas onde a gente aprendia a criar destinos turísticos, porém infelizmente não eram destinos turísticos acessíveis. Aliás, poucos cursos superiores de turismo ensinam sobre acessibilidade, pessoa com deficiência, ou até mesmo ampliando o leque, na diversidade de um modo geral. E atualmente o mundo é muito diverso, porém os cursos estão em caixinhas limitadas.

Agora, estou cursando o Mestrado em Turismo na Universidade de São Paulo, e uma das intenções de ter ingressado, é justamente colocar a diversidade como aula obrigatória nos cursos, e que depois isso possa ser escalável para todos os tipos de curso, não só para o turismo. Atualmente eu já dou aulas sobre acessibilidade e inclusão, nos cursos da Faculdade Roberto Miranda. Para facilitar, também ofereço cursos online sobre acessibilidade e inclusão, onde já formei centenas de alunos.

Eu fui para São Luís no Maranhão, para dar uma palestra, por conta das comemorações de 3 de dezembro, o Dia Internacional das Pessoas com Deficiência. Além da a palestra, tive a oportunidade de conhecer um pouco dos equipamentos turísticos do destino. Achei o destino muito rico, principalmente no que se relaciona às tradições locais e fiquei impressionado com algumas delícias culinárias que experimentei, como a carne de sol e o creme de Bacuri.

Já no aeroporto, antes do embarque de volta, conheci um artesanato feito com o Buriti, uma planta típica da região. Então o potencial turístico é grande, mas precisa ser mais bem trabalhado, e por que não trabalhar isso com uma visão de acessibilidade, e passar a considerá-lo como um dos destinos turísticos acessíveis brasileiros?

Veja abaixo uma reportagem feita pela televisão local, falando sobre a minha visita. Para quem se interessar por destinos turísticos acessíveis, meu blog tem várias indicações, e no meu perfil do instagram você também encontrará várias outras dicas diferentes, além do meu canal do YouTube. Me siga e acompanhe em todos eles, e se quiser saber mais, comente lá, sua pergunta pode virar um artigo ou vídeo informativo.