Dados do Turismo Acessível. Fatos colhidos em pesquisa.

Man climbs CN Tower steps in wheelchair

Escrito por Ricardo Shimosakai

7 de junho de 2023

Dados do Turismo Acessível, O Ministério do Turismo em parceria com a Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO), através de uma pesquisa, lançaram dois mapeamentos relacionados ao turismo acessível. A primeira parte faz o Mapeamento de Atrativos, Empreendimentos, Produtos e Serviços acessíveis do mercado turístico. A segunda parte, faz o Mapeamento do Perfil do Turista com Deficiência.

A primeira parte também dá orientações específicas de acessibilidade para diferentes categorias do turismo, entre elas o acampamento turístico, agências e operadoras, casa de espetáculo e centro de convenções, compras, empreendimento de entretenimento e lazer, empreendimento náutico, estabelecimentos de alimentação, eventos, meios de hospedagem, transporte, museus e atrativos históricos, parque e zoológico, praia e prestador especializado. Em seguida, lista produtos e serviços turísticos acessíveis, divididos por região. Em cada produto ou serviço, há uma breve descrição da acessibilidade e um contato, que pode ser o perfil do Instagram, telefone ou e-mail.

Os dados do turismo acessível que mostra as preferências e comportamentos de turistas com diferentes tipos de deficiência ou mobilidade reduzida, serve como um importante documento de validação, de que esse público viaja, e aponta suas necessidades e hábitos em relação a viagens, auxiliando ao empreendedor turístico, elaborar estratégias eficientes baseadas nesses dados.

Dados do Turismo Acessível em números

Alguns destaques baseados nas respostas dos colaboradores da pesquisa, mostram que 50% do público é formado por mulheres, 46,15 por homens e 3,85% de outros gêneros. A maioria se concentra na faixa etária entre 31 a 50 anos, alcançando 44,95% do total de pessoas. Curiosamente, no que se refere à renda, a pesquisa mostrou que a maioria dos respondentes, tinha baixa renda com até 1 salário-mínimo (23,39%) ou tinha uma boa renda com mais de 6 salários-mínimos (21,30%).

Ficou evidente nos dados do turismo acessível, pelo alto percentual de 44,36%, que a grande maioria sempre viaja acompanhado. Na hora de escolher um local para visitação, a pesquisa mostrou que para pessoas com deficiência auditiva e visual, a acessibilidade atitudinal tem um peso muito grande, e para pessoas com deficiência física é mais importante a acessibilidade arquitetônica. Veja a seguir, alguns dos comentários e sugestões feitos pelos participantes da pesquisa:

“Precisa fazer treinamento nos hotéis de como saber lidar com as pessoas com deficiência” (turista com deficiência física)

“Muitos restaurantes que só aceitam reservas mediante ligação. Falta acessibilidade” (turista surdo)

“Eu estou passando por uma situação com um hotel que não aceita pet e não pude me hospedar porque acham que meu cão-guia é pet. Me mandaram procurar um outro hotel” (turista com deficiência visual)

“Essa questão de redes sociais é de extrema importância e o que se observa em viagens para o exterior, por exemplo, já encontramos no site do local todas as informações com nível de detalhamento que é incrível. E isso é muito importante para quem se planeja” (turista com deficiência física)

“Outro ponto também é sermos vistos como consumidores. Faço busca em sites e dificilmente você encontra a informação sobre acessibilidade” (turista com deficiência visual)

“Importante deixar claro o que tem disponível para acessibilidade, tipo uma placa; além da comunicação não verbal, deixar informações claras e diretas, para que não fique subentendido” (turista com autismo)

Absurdamente, 58,72% dos turistas declaram que já sofreram discriminação por causa da deficiência. Então a pesquisa serve para dar voz de forma oficial, mostrando dados do turismo acessível, de problemas antigos e constantes que inúmeros turistas com deficiência e profissionais do turismo acessível como Ricardo Shimosakai, estão cansados de reivindicar.

Além disso aponta as oportunidades que empreendimentos estão perdendo e dá uma direção para solucioná-lo. Apesar das orientações específicas fornecidas no documento, é altamente recomendável a procura de um profissional experiente para realizar uma análise mais específica e identificar as melhores soluções. Isso com certeza irá economizar tempo, dinheiro e os resultados serão mais satisfatórios. Inclusive, recomendo a pesquisar o histórico de trabalhos de sucesso desse profissional, para verificar a experiência com resultados positivos.

Em meus trabalhos de consultoria em acessibilidade, já me deparei com empresas decepcionadas por já terem investido em acessibilidade, sem resultado esperado. Falharam ao buscar um verdadeiro especialista em acessibilidade desde o começo. Quando fui fazer uma nova avaliação, percebi a visão engessada que o profissional anterior tinha, com olhar somente para leis e normas, mas sem conhecer os hábitos das pessoas com deficiência. Ou seja, algo parecido como dar um delicioso pedaço de picanha para um cliente vegetariano. Meu trabalho sempre foi pautado na prática, e os dados do turismo acessível vem dar ainda mais sentido para essa metodologia.

Pelas declarações dos turistas com deficiência, mostradas claramente nos dados do turismo acessível, também ficou evidente a falta de preparo das pessoas para o atendimento adequado, de forma inclusiva. Atento à essa necessidade, eu também ministro treinamentos para que a pessoa com deficiência se sinta incluída, respeitada nas suas necessidades e segura de que tudo será feito sem amadorismo. Sempre faço meus treinamentos de forma personalizada, como por exemplo, já treinei guias de turismo, que tem formas diferentes de atender funcionários de um hotel.

Para aqueles que desejam ir mais a fundo, e aprender mais sobre o assunto, ao invés de depender de um profissional, eu ofereço o Curso Online Acessibilidade e Inclusão, que você pode fazer de onde quiser e no seu tempo. As dicas, que muitos pedem, podem ser vistas no meu perfil do Instagram e no meu canal do YouTube, onde publico inúmeras pílulas de conhecimento. Ali também anúncio meu calendário das várias palestras que sou convidado a ministrar.

 

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