Acessibilidade em máquinas de autoatendimento. As máquinas de autoatendimento já são mais comuns, em um mundo que cada vez mais está se automatizando, e eliminando o trabalho humano, de tarefas que podem ser feitas por máquinas.
A finalidade do atendimento das máquinas de autoatendimento é diversa, portanto, sua operação também pode ser diferente. Encontramos exemplos dessas máquinas em bancos, os chamados caixas eletrônicos, nos estacionamentos para pagar o bilhete, nos cinemas para comprar o ingresso, nos supermercados para pagar as compras, e acredito que várias outras finalidades e locais ainda vão surgir. Realmente, esses equipamentos podem ser muito úteis, mas precisam ter acessibilidade.
Mas esses equipamentos ainda trazem vários pontos de dificuldade, na sua maioria. Geralmente existe uma tela, que pode servir somente para visualização, ou também no modelo touch, que são telas de toque, onde você também pode digitar informações. A dificuldade, é na posição que ela se encontra, que pode estar numa posição muito alta, fora do alcance da visão, ou senão em uma posição inclinada, onde o problema é o reflexo da luz na tela, ou a forma como a imagem é exibida nas telas de LCD, pois nos modelos mais simples, são feitas para serem visualizadas num plano frontal, e perdem a visualização numa posição inclinada. Para televisões mais modernas, já existe tecnologia para corrigira isso.
Na tela, também é preciso ter informações legíveis, com letras grandes e contrastantes, para pessoas com baixa visão, mas isso ajuda também quando a tela está um pouco mais afastada. A estrutura operacional do software, para fazer um pagamento, por exemplo, precisa ser bastante intuitiva e que não precise digitar muitas informações ou passar por muitas telas para concluir a tarefa. Caso contrário, isso acaba confundindo pessoas com déficit intelectual, ou até mesmo idosos que não estão acostumados, além de ficar mais difícil para pessoas com dificuldade física para digitar tanta coisa.
Outro ítem que precisa estar bastante ajustado para não causar dificuldades é a forma como você vai inserir suas informações. Alguns utilizam uma espécie de teclado físico, onde você aperta botões, e outros tem um teclado é virtual, que fica na própria tela. Em ambos os casos, esse teclado precisa estar próximo para que a pessoa consiga digitar com facilidade. E para que isso seja possível, é importante seguir o conceito de aproximação, onde deve haver condições para a pessoa em pé ou em cadeira de rodas, se aproximar do equipamento, deixando o teclado perto do corpo e a tela ao alcance da vista. A aproximação vai dar condições de alcance manual e alcance visual, itens bastante importantes para a acessibilidade.
No vídeo que está abaixo, dou um exemplo real de um caixa de pagamento do estacionamento no Shopping Eldorado, mas existem detalhes adicionais para diferentes máquinas de autoatendimento, como por exemplo, local de leitura biométrica em caixas eletrônicos, leitor de código de barras em supermercados, seleção do assento em cinemas e teatros e outros itens que são mais específicos para cada tipo de operação. Mas neste artigo, eu quis trazer os pontos mais comuns que devem ter atenção em todos eles, e em outras oportunidades, irei trazer aqui, informações mais detalhadas e específicas para cada caso que eu citei. Não deixem de olhar outros artigos que eu já escrevi, e que estão neste blog, pois tem itens importantes da acessibilidade que servem também para o tema colocado aqui, e que já estão explicados de forma bastante clara e interessante, ou se quiser mergulhar a fundo no conhecimento da acessibilidade e inclusão, adquira meus cursos online, pois alí você terá um material organizado em alto nível.
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