Teleton AACD. O Teleton é um dos eventos mais emblemáticos no cenário televisivo e filantrópico, reconhecido mundialmente por sua missão de arrecadar fundos e promover a inclusão de pessoas com deficiência. Sua história é rica e inspiradora, marcada por décadas de solidariedade e empenho em melhorar a qualidade de vida de milhões de pessoas.
A ideia do Teleton nasceu nos Estados Unidos, em 1966, sob a liderança de Jerry Lewis, um comediante e ator renomado. O objetivo inicial era arrecadar fundos para a Associação de Distrofia Muscular (MDA), ajudando a financiar pesquisas e prestar assistência a indivíduos afetados por essa condição. O formato inovador consistia em um programa de maratona televisiva, transmitido ao vivo, onde celebridades se reuniam para entreter e encorajar o público a doar.
O sucesso do Teleton nos Estados Unidos inspirou outros países a adotarem o formato para apoiar causas locais. Na América Latina, o evento ganhou destaque no México, onde a Fundação Teletón foi criada em 1997 para apoiar crianças com deficiência. Sob a liderança da Televisa, o Teleton mexicano rapidamente se tornou um dos maiores eventos de arrecadação de fundos da região, financiando centros de reabilitação e programas de assistência.
Teleton AACD
No Brasil, o Teleton AACD foi introduzido em 1998, através de uma parceria entre o SBT (Sistema Brasileiro de Televisão) e a AACD (Associação de Assistência à Criança Deficiente). Inspirado pelo formato internacional, o evento brasileiro tem como objetivo principal arrecadar fundos para a manutenção e expansão dos centros de reabilitação da AACD. Desde sua primeira edição, o Teleton Brasil mobilizou milhões de brasileiros, contando com a participação de diversas celebridades, artistas e empresas.
Eu fiz minha reabilitação na AACD, no centro de reabilitação adulto e na hidroterapia, pois embora o nome fale sobre a criança deficiente, também há um amplo atendimento para adultos. No meu caso, além da fisioterapia, também tive um Curso de Lesão Medular, para entender as características dessa deficiência, os problemas e possibilidades que existiam, como por exemplo a adaptação em carros para dirigir. Eu também, em meus cursos de acessibilidade e inclusão, mostro as características das pessoas com deficiências, pois é conhecendo bem o usuário que se consegue trabalhar a acessibilidade e inclusão em alto nível.
Ao final do período da reabilitação, de aproximadamente 3 meses, passei a praticar esporte, entrei na equipe de tênis de Mesa, que me ajudou muito a dar continuidade na reabilitação, pois além de fazer exercícios físicos, fiz vários amigos, vários deles já experientes como cadeirantes e que me passavam várias dicas importantes. Além disso, viajava para campeonatos, o que me ajudou muito no senso de independência. A própria filosofia do esporte, que é sempre pensar na vitória, apesar de inúmeros adversários, aceitar a derrota e aprender com ela, me ajuda até hoje para fazer as conquistas da minha vida. Considero o esporte adaptado muito relevante, por isso sempre cito na apresentação inicial de minhas palestras.
A AACD me ajudou também no meu primeiro emprego, numa empresa de telemarketing. Não tinha nada a ver do que eu queria, mas foi importante para me dar motivação, autoconfiança e outros valores, afinal era o primeiro emprego com carteira registrada depois da lesão. A AACD já foi local onde dei aulas pra um curso de pós-graduação relacionado à pessoa com deficiência, e também onde me consultava mesmo após reabilitado. Hoje já com uma vida profissional estabilizada, dou consultorias em acessibilidade para várias empresas.
Por tudo isso tenho uma grande gratidão pela AACD, e já participei em outras edições do Teleton AACD, em uma reportagem em 2011, fui personagem de uma matéria de televisão fazendo um voo de trike. Agora em 2024, junto com o SBT organizei uma nova matéria gravada para o Teleton AACD, fazendo um rapel adaptado na Pedreira do Dib junto com a organização Somos Todos Iguais, que pratica atividades de aventura como o rapel inclusivo, com quem já fiz também rapel diurno e noturno na Ponte do Sumaré, rapel na Pedreira do Dib e rapel de balão em Boituva.
Quem conduziu a entrevista foi a Pequena Lô e participei junto com Guilherme Montejane. A aventura adaptada é algo que chama a atenção, e já fui chamado para dar treinamentos em destinos de natureza e aventura como Bonito, Socorro, e Ilhabela no Brasil e México, Alemanha, Portugal e Argentina no exterior.
Quer ter mais detalhes de assuntos paralelos citados neste artigo sobre o Teleton AACD? Pesquise meu blog, lá tem muita informação relacionado à acessibilidade, inclusão e pessoas com deficiência. No meu canal do YouTube também tem vários vídeos de autoria própria, além de lives e transmissões ao vivo e reportagens de diversas mídias. As novidades, eu posto em chamadas no instagram, então me siga por lá para não perfer nada, sem contar que posto informações nos stories que só são publicadas lá.
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