Live com SHEILA CASSIN. Bate-papo sobre a acessibilidade no cotidiano.

Man climbs CN Tower steps in wheelchair

Escrito por Ricardo Shimosakai

10 de dezembro de 2021

Live com Sheila Cassin, que tem paralisia cerebral, em decorrência da falta de oxigênio no cérebro, ocorrida na hora do nascimento. É psicóloga – (CRP 6/122889), Pós-Graduada em Gestão de RH e Psicologia Organizacional, pela Universidade Metodista de São Paulo. Foi conselheira do CONADE (Conselho Nacional dos Direitos da Pessoa com Deficiência – Brasília – DF). Palestrante motivacional, aborda a questão da inclusão da pessoa com deficiência no mercado de trabalho. Sua vida é uma batalha constante. Seus pais sempre diziam: “VIVER NÃO É FÁCIL, mas a vida é algo maravilhoso e vale a pena aproveitarmos cada segundo”.

Autora do livro “Desistir por quê? Se eu posso continuar!”, onde Sheila conta sua difícil batalha pela vida, sempre de maneira determinada e divertida. As expectativas de seus pais para sua chegada, o choque da hora da notícia e automaticamente a força e o desejo imensurável para lutar, o amor deles foram à chave das portas que lhe permitiram passar, mesmo com cada obstáculo, preconceito e discriminação enfrentada.

O amor deles a fortalecia e algo dentro dela dizia: Desistir por quê? Se eu posso continuar! Mesmo com a paralisia cerebral que comprometeram sua parte motora, sempre teve um desejo imensurável pela vida, No livro relata como foi os seus tratamentos de reabilitação, as crises convulsivas, as brincadeiras de criança, a vida escolar, as primeiras paqueras, o intercâmbio, a tão sonhada carta de motorista, os 17 anos para conseguir a formação de psicóloga e a vida profissional.

Nesta live o tema principal é a inclusão no cotidiano, sob a visão de duas pessoas com diferentes deficiências, profissionais em diferentes áreas, mas que vivem na pele, experiências semelhantes relacionadas à inclusão. Sheila consegue andar, enquanto eu preciso da cadeira de rodas, então só isso já traz uma enorme diferença nos hábitos e necessidades. A paralisia cerebral, também costuma afetar a coordenação e a fala, daí surge a dificuldade no caminhar e no falar de uma forma mais compreensiva às pessoas.

No meu ponto de vista, as características da paralisia cerebral, em algumas situações, podem gerar um preconceito relativamente forte, até porque não é tão bem conhecida pela sociedade. Uma pessoa em cadeira de rodas, apesar que isso não define a pessoa, mas é uma figura mais acostumada aos olhos da sociedade. Além disso, eu acho o nome da deficiência inadequado, pois pessoas sem conhecimento, podem pensar que o cérebro da pessoa tem algum tipo de paralisia, e isso não é verdade.

A paralisia cerebral pode ser causada pela falta de oxigênio no cérebro relacionada ao trabalho de parto, mas também pode ocorrer por hemorragia cerebral, fatores genéticos que levam ao desenvolvimento anormal do cérebro durante a gestação, ou até mesmo por infecções maternas que afetam o cérebro do feto.

Quanto mais conhecermos os hábitos e necessidades que envolvem cada tipo deficiência, melhores serão as soluções, e mais amplas serão suas aplicações. Então precisamos aproveitar um novo olhar da sociedade, onde a diversidade é bastante discutida e o preconceito e a discriminação cada vez mais combatidos. Um mundo com mais oportunidades, com certeza será bem melhor a todos.

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