O Dia Nacional de Luta da Pessoa com Deficiência foi instituído pela Lei nº 11.133/2005 com o objetivo de conscientizar sobre a importância do desenvolvimento de meios de inclusão das pessoas com deficiência na sociedade. Outra data importante é o Dia Internacional das Pessoas com Deficiência, promovido pelas Nações Unidas desde 1992 e comemorado em 3 de dezembro, com os mesmos objetivos do dia nacional.
A luta das Pessoas com Deficiência é antiga, mas a visibilidade e o respeito, é algo bem mais recente. Eu adquiri minha deficiência em 2001, devido a um tiro que levei num sequestro relâmpago, e me lembro da acessibilidade naquela época, era tudo ainda muito básico e em pequenas quantidades. Era difícil encontrar coisas básicas como rebaixamentos de guias de calçadas, ou vagas de estacionamento públicas exclusivas para pessoas com deficiência. Hoje em dia a acessibilidade é mais comum, e a pessoa com deficiência mais inclusa na sociedade, mas ainda há muito o que fazer, e por isso a luta precisa continuar.
Uma das coisas mais importantes que eu considero para dar visibilidade às pessoas com deficiência, e consequentemente uma conscientização para a acessibilidade e inclusão, é a participação dessas pessoas na mídia. Revista, televisão, rádio, tem um poder muito grande de espalhar informações, função que agora está mais presente na internet, principalmente através das redes sociais. Na busca de temas diferentes, interessantes e importantes, as empresas de comunicação aos poucos passaram colocar a pessoa com deficiência em pauta. Eu mesmo já participei em entrevistas e reportagens para todos os canais da televisão aberta brasileira e até alguns canais internacionais, alguns programas especiais como o Shark Tank, figurei em várias revistas e fui a voz em diferentes emissoras de rádio.
Outro fator muito importante que ajudou bastante na evolução da acessibilidade, é a participação da pessoa com deficiência na sociedade. No começo da minha lesão, era difícil encontrar alguma pessoa com deficiência nas ruas nos lugares que todo mundo frequenta, e até por isso eu me sentia incomodado em sair, pois todo mundo me olhava com surpresa ou estranhamento. Mas percebi que isso era importante, pois era preciso que a sociedade pudesse ter contato pessoas conosco, e por isso passei a incentivar meus colegas a sair de casa.
É claro que isso não era fácil pela falta de acessibilidade, mas a conquista disso só viria se a gente mostrasse a necessidade na prática. Então eu ia para locais que tinha escada na entrada, mas eu pedia para chamar o gerente e fazia eles me levarem para dentro, mesmo carregado. Por isso era importante que as pessoas com deficiência não se calassem, e frente à dificuldades, manifestassem sua indignação exigissem uma solução. Na minha visão, São Paulo evoluiu bastante na acessibilidade, principalmente por esse tipo de atitude feita por várias pessoas, em diferentes lugares, para variadas situações.
Atualmente, temos várias iniciativas conquistadas através de muita luta, como por exemplo, a fila prioritária, as escolas inclusivas, a lei de cotas para o trabalho, a isenção de impostos na compra de carros, entre várias outras. Eu fui um dos pioneiros na luta pela acessibilidade no lazer e turismo, e também um dos primeiros blogs sobre acessibilidade e inclusão. Mas é importante ter protagonistas focados em cada área, e por isso tive vários outros colegas que lutaram para causas específicas dentro da acessibilidade.
E como disse antes, a luta não pode parar, e por considerar a informação algo de extrema importância, é que até hoje mantenho periodicamente minhas publicações em meu Blog, além do meu perfil no Instagram e meu canal do YouTube. Para formar cada vez mais pessoas com o entendimento adequado sobre acessibilidade e inclusão, criei meu Curso Online Acessibilidade e Inclusão. E para aplicar tudo isso de forma prática nos diversos locais do Brasil, presto minha consultoria.
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