Atualidades da inclusão. Um bate-papo entre a Arquiteta Mariana Bunn e o Especialista em acessibilidade, inclusão e turismo Ricardo Shimosakai, assuntos diversos foram abordados. Ricardo apontou para a importância da informação sobre a acessibilidade, e citou um exemplo, de uma exposição onde havia recursos de audiodescrição. Porém não havia informação sobre isso, no site do local de exposição, que no caso, era um SESC de São Paulo. Dessa forma, não é possível fazer uma pesquisa prévia, para saber se a exposição possui recursos de acessibilidade. E não encontrando essa informação, é provável que a pessoa não irá se arriscar em ir e tentar a sorte.

Atualidades da inclusão

Mariana perguntou sobre duas participações de grande importância na mídia. A primeira foi apresentar o projeto Turismo Adaptado para investidores no Shark Tank, entre eles, Robinson Shiba (China In Box e Gendai), Camila Farani, Joao Appolinario (Polishop), Cris Arcangeli (Phytoervas) e Caito Maia (Chilli Beans). A outra, foi contar sobre meu trabalho no Programa Como Será? Apresentado por Sandra Annenberg, na TV Globo. Clicando no nome dos programas, você irá ler matérias específicas dessas participações.

Outra pergunta foi sobre as terminologias utilizadas, algumas delas antigas, já atualizadas, como portadores de necessidades especiais, ou outras politicamente incorretas, como surdo-mudo. Eu costumo dizer que, particularmente eu não me importo exatamente da forma como as coisas são faladas, mas sim como elas são efetivamente realizadas. Mas confesso que de certa forma, pessoas que utilizam termos desatualizados, acabam mostrando que não estão em sintonia com o movimento das Pessoas com Deficiência, o que é muito importante. No caso de um profissional, é um ponto bastante negativo.

Relacionado às terminologias, foi perguntado sobre o Capacitismo, e as maneiras que as pessoas tratam as pessoas com deficiência, por exemplo, chamando de exemplo de superação. Utilizar essa expressão, seria capacitista se a pessoa enxergar uma superação, devido a não acreditar que uma pessoa com deficiência pudesse realizar certa ação, por causa da deficiência que possui. Então como Mariana citou, o salto de paraquedas que eu fiz, se admirar por achar que uma pessoa com deficiência não seria capaz de fazer isso, é capacitismo. Mas retirando esse ponto de vista, é sim uma superação para todos os tipos de pessoa, incluindo a pessoa com deficiência.

Possui graduação em Arquitetura e Urbanismo pela Universidade Federal de Santa Catarina (2013), especialização em Arquitetura e Iluminação pelo Instituto de Pós Graduação e Graduação (2016). Desde 2017, faz parte do quadro efetivo da Prefeitura Municipal de Biguaçu como arquiteta e urbanista atuando em análises técnicas de projetos de obras particulares, atualização de legislações municipais de uso, ocupação do solo e edificações, elaboração de manuais técnicos, entre outras atividades.

Em 2018, participou da elaboração e coordenação do Programa Calçada Legal: Manual de apoio para o projeto e a execução das calçadas de acordo com as normas de acessibilidade. Atualmente, além das funções acima, conduz os Programas Municipais de Acessibilidade Urbana e de Edificações em Biguaçu/SC e faz parte da Comissão Técnica de Acessibilidade do Conselho de Arquitetura e Urbanismo de Santa Catariana (CAU/SC).

Ricardo Shimosakai é especialista em acessibilidade, inclusão e turismo. Bacharel em Turismo pela Universidade Anhembi Morumbi, Pós-Graduado em Educação pela Faculdade Descomplica e Mestrando em Turismo pela Universidade de São Paulo. Professor em cursos de Graduação, Pós-Graduação e MBA da Faculdade Roberto Miranda. Criador da Turismo Adaptado, é membro da SATH (Society for Accessible Travel & Hospitality), da ENAT (European Network for Accessible Tourism) e Instituto Iberoamericano de Turismo Inclusivo.

Presta Consultoria em Acessibilidade para inúmeras empresas, Palestrante Internacional, ministra treinamentos para capacitação de pessoas em relação à relação com a pessoa com deficiência e elaborou o Curso Online Acessibilidade e Inclusão. Acompanhe seu conteúdo no perfil do Instagram e no canal do YouTube.