Viajando com mobilidade reduzida. Guia para um turismo acessível.
Planejar uma viagem nunca é uma tarefa fácil. Quando se tem mobilidade reduzida, uma doença ou se está passando por algum tratamento de saúde então, o planejamento precisa ser ainda mais detalhado: imagine conhecer o mundo sempre precisando pensar na acessibilidade dos locais para onde vai? Não é algo fácil – pelo contrário, é um desafio e tanto. Mas não há motivo para se preocupar: confira algumas dicas para você fazer uma viagem com mobilidade reduzida sem deixar de curtir o passeio. Com essas dicas e um bom planejamento, sua viagem será a mais confortável e fácil possível.
Planeje com antecedência
Parece óbvio, mas nunca é demais reforçar: começar o planejamento e a pesquisa para sua viagem alguns meses antes é a chave para aproveitar seu passeio ao máximo. Como pessoas com mobilidade reduzida precisam de acessibilidade nos locais onde estão para ter mais conforto, e como as vagas e reservas especiais para esses fins são poucas, é importante ir olhando bem antes da viagem para poder fazer suas reservas com o melhor preço.
O mesmo funciona na hora de comprar passagem aérea: pesquise quais são os atendimentos especiais que cada companhia faz em casos de mobilidade reduzida e determine sua escolha a partir disso. Planeje o máximo de coisas com antecedência para que não haja pânico de última hora. As companhias aéreas precisam saber de suas necessidades físicas com pelo menos 48 horas de antecedência, para ter certeza de atendê-lo no nível de ajuda que precisa. Pesquise também uma empresa de transporte local ou imprima detalhes de transportes públicos disponíveis para você – inclusive a partir do seu aeroporto de chegada.
Hospedagem confortável e adequada para você sempre
Seja na sua casa ou no outro lado do mundo: uma boa noite de sono é fundamental. Por isso, é importante se certificar de que sua hospedagem será adequada para as suas necessidades físicas. Neste caso, recomendamos que você se hospede em um hotel, e não em um hostel ou AirBNB, por exemplo, pois hotéis estão mais preparados para receber pessoas com mobilidade reduzida. Podem até ser um pouquinho mais caros, mas vale a pena.
Nos sites de busca de hotéis, por exemplo, você pode filtrar sua pesquisa com as opções “acesso para portadores de mobilidade reduzida”, “elevador”, entre outras opções que ajudam a tornar sua estadia mais confortável. A partir daí, entre em contato com os hotéis pelos quais você se interessou para garantir que eles oferecem tudo o que você precisa.
Converse com as pessoas antes de viajar
Contate o seu médico antes de planejar suas férias. Falar sobre o sistema de saúde do local que irá visitar pode ser necessário para assegurar que você saberá onde ou a quem procurar para o caso de ter algum problema durante a viagem, principalmente se for ao exterior. Faça contato também com sua companhia de seguros de viagem e diga que você está viajando.
Pergunte sobre o nível de cobertura. Informe-se também sobre os serviços públicos do país para onde vai. Às vezes, pode ser necessário providenciar um cartão que lhe dará acesso a esse tipo de atendimento ou até fazer um seguro viagem para garantir. Não esqueça de obter cópias das receitas e se aconselhar sobre as variedades dos seus remédios no seu destino.
Preste atenção nos horários e otimize seu tempo
Tente reservar um voo que torne a viagem mais fácil para você. Se você comprar passagens para um voo que sai muito cedo de manhã, você pode não dormir bem na noite anterior. Isso pode comprometer os primeiros dias de suas férias! O aeroporto fica menos cheio durante o dia. Sempre que possível, escolha esses e opte por conexões mais longas, para que você troque de avião com calma e sem pressa ou nervosismo.
Mais uma dica: arrumar sua casa, reservar o seu transporte para o aeroporto e fazer as malas são coisas que você pode fazer alguns dias antes de viajar. Assim, você terá o mínimo possível para fazer na noite antes de embarcar. Faça cópias ou tire fotos de seu passaporte, informações médicas e documentação de viagem. Deixe-os com alguém em casa, no caso de você perder qualquer coisa. E o mais importante: planeje-se para chegar com bastante tempo livre no aeroporto. Ainda que seja meio tedioso, você vai se sentir estressado se você estiver sob pressão do tempo, devido a um atraso imprevisto.
Faça um roteiro de viagem acessível
Imagine chegar naquele ponto turístico que você sonhava em ir e não conseguir aproveitar ao máximo porque o local não tinha acessibilidade? Você pode evitar isso com um pouco de pesquisa antes da viagem. Faça uma lista de todos os locais pelos quais tem interesse e veja, um por um, qual tem acessibilidade e qual não tem. Existem algumas plataformas que podem te ajudar nessa, como o It’s Accessible e o Trip Trip Hurray.
Use todas as facilidades disponíveis
Se você é idoso ou tiver uma lesão temporária ou crônica, não deixe de usar as prioridades para filas e entradas. Se você tem uma deficiência oculta ou psicológica, peça uma pulseira de identificação – isso sinaliza que você precisa ter prioridade nas filas e vai garantir que você obtenha a ajuda de funcionários do aeroporto mais facilmente. Durante a viagem, usufrua dos espaços específicos para pessoas com necessidades especiais, como vagas preferenciais nos estacionamentos.
Preste atenção na bagagem
Faça uma lista de coisas que quer colocar na mala. Durante as férias, se perceber que esqueceu algo, anote para lembrar da próxima vez que for viajar. Leve uma mochila que tenha um bolso frontal onde você possa carregar uma pasta com todos seus documentos de viagem – é importante ter fácil acesso a esses documentos. É importante também pensar na roupa que vai usar para voar. Não use coisas difíceis de tirar. Opte por casacos de zíper, se for inverno, e use roupas bem levinhas no verão.
Se você quer muitas dicas sobre acessibilidade no turismo, confira o site Turismo Adaptado que é referência no assunto.
Agora que você já está craque para sair na sua aventura ao exterior, comece também a planejar a compra de moeda estrangeira para evitar fazer isso na última hora. Com o Melhor Câmbio, você pode conferir o histórico de até três meses das cotações, além de ver qual casa de câmbio é mais barata na sua cidade e poder fazer uma oferta por um valor ainda menor. ?
Fonte: Embarque na Viagem
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