Pessoa com Deficiência no Escotismo. O Escotismo, fundado por Robert Baden-Powell no início do século XX, é um movimento global de educação não formal que promove valores como responsabilidade, cidadania, respeito pela natureza e habilidades práticas. Originado a partir de um acampamento experimental na ilha de Brownsea em 1907, o Escotismo rapidamente se espalhou pelo mundo. Baseado no livro “Escotismo para Rapazes”, o movimento expandiu-se globalmente, incluindo o Escotismo feminino, e promoveu valores e princípios que enfatizam o aprendizado ao ar livre, a vida em equipe e o serviço à comunidade.
A Associação Mundial dos Escoteiros (WOSM) coordena o movimento em nível global, e o Escotismo continua a envolver milhões de jovens em atividades de desenvolvimento pessoal e cidadania em dezenas de países. O Escoteiros do Brasil, que é a organização nacional do Escotismo, já realizou ações de campanha para aumentar a inclusão da Pessoa com Deficiência no Escotismo.
No ano de 1960, desembarca Brasil o imigrante japonês Hisanobu Ishii, aquele que mais tarde, junto de Gervásio Tadashi Inoue, formou vários grupos escoteiros. Entre eles estava o Grupo Escoteiro Cotia. O G.E. Cotia foi criado em 25 de janeiro de 1963, e tinha como sede, o supermercado da cooperativa em Pinheiros (Largo da Batata). Em 1967, o grupo mudou-se para Vila Sônia e finamente, em 1970 uniu-se ao Coopercotia Atlético Clube, onde permanece até hoje. Dois dos maiores e mais importantes chefes do estado de São Paulo, e por que não do Brasil, fizeram parte do Coopercotia: Adelck Bistão e Kaol Sugimoto.
Ricardo Shimosakai foi escoteiro por 15 anos no Grupo Escoteiro Coopercotia, começando como Lobinho, passando para Escoteiro, depois Escoteiro Sênior, e se tornando Chefe da Tropa Sênior. Participou também do Jamboree Panamericano de 1981 no Parque Saint Hilaire em Porto Alegre, e depois no Jamboree Mundial de 1983, em Alberta no Canadá. Sua mãe, Sadako Hirose, que acompanhou desde o começo, como equipe de apoio nos acantonamentos, depois foi a fundadora do Distrito Bandeirante Coopercotia, que anos depois, se fundiu com o Grupo Escoteiro.
Pessoa com Deficiência no Escotismo
Depois de adquirir a deficiência, Ricardo Shimosakai passou a prestar atenção na inclusão da Pessoa com Deficiência no Escotismo. Percebeu que Grupos Escoteiros em outros países como Inglaterra e Estados Unidos, formaram Grupos Escoteiros de Pessoas com Deficiência. Algumas pessoas podem pensar que isso é uma segregação, porém, dependendo do ritmo de atividades, é difícil incluir as Pessoas com Deficiência nas atividades. No G.E. Coopercotia, que realiza atividades em um clube de campo, as atividades tem muita ação, desde correr, pular, subir em árvores, exigindo bastante vigor físico.
Para entender melhor, é só ver o modelo do esporte, onde existe as Paralimpíadas, que é a Olímpíada de Pessoas com Deficiência. Ela foi criada, pois seria muito difícil incluir a Pessoa com Deficiência na mesma competição com todos os tipos de pessoa. Imaginem um cego jogando com quem enxerga, ficaria em grande desvantagem, por isso existe a modalidade de futebol de cegos. Um cadeirante tentando jogar basquete com pessoas que ficam de pé, também não daria certo, por isso foi criado o basquete em cadeira de rodas.
É claro que existe exceções, onde é possível inserir, inclusive eu já vi um escoteiro com Síndrome de Down num Grupo Escoteiro convencional, e ele tinha conquistado altas patentes, como a insígnia de Lis de Ouro e o Cordão Vermelho e Branco. A presença da Pessoa com Deficiência no Escotismo ainda é muito baixa aqui no Brasil.
Ricardo Shimosakai foi convidado para dar uma consultoria em acessibilidade para a inclusão da Pessoa com Deficiência no Escotismo, pelo seu conhecimento nas áreas. Inclusive já deu palestras em Grupos Escoteiros. Este é um exemplo que sempre cita em suas aulas e treinamentos, e esta forma de inclusão também é ensinada em seus cursos. Se gostou do assunto, siga o perfil do Instagram e assine o canal do YouTube, além de ver os artigos no Blog.
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