O Escotismo antes da deficiência. Experiência valiosa para Ricardo Shimosakai.

por | 5 set, 2018 | Turismo Adaptado | 0 Comentários

O Escotismo antes da deficiência. Ricardo Shimosakai foi escoteiro do Grupo Escoteiro Coopercotia durante 15 anos. Ingressou no ramo lobinho, passou a escoteiro e sênior, e posteriormente fez parte da Chefia da Tropa Sênior. Durante este período participou de atividades como o Jamboree Panamericano Porto Alegre em 1981 e o Jamboree Mundial Alberta-Canadá em 1983.

Em 2001 sofreu um sequestro relâmpago que o deixou paraplégico e dependente de uma cadeira de rodas. Na sua nova condição de cadeirante, o que sentiu mais falta foi da mobilidade, pois pelo histórico escoteiro tinha grande prazer em viajar e passear ao ar livre. A dificuldade o levou a buscar por alternativas que permitissem voltar a realizar este tipo de atividade, passeios junto a natureza, viagens, etc., pois na época não existiam empresas para turismo acessível.

Aos poucos alguns colegas com deficiência passaram a consulta-lo para pedir dicas e informações sobre acessibilidade e até a convidá-lo para algumas viagens.

Esta iniciativa levou Ricardo a perceber uma oportunidade de negócio que facilitaria a vida de pessoas com deficiência e mobilidade reduzida, ajudando-as a alcançar os seus sonhos de viagem e turismo. Assim nasceu a Turismo Adaptado, empresa criada para trabalhar a acessibilidade e inclusão no lazer e turismo.

Segundo o IBGE, no Brasil existem mais de 45 milhões de pessoas com algum tipo de deficiência. A OMS – Organização Mundial da Saúde mostra que no cenário mundial esse número cresce para 1 bilhão.

Muitos idosos também possuem dificuldade para viajar e precisam de uma assistência diferenciada; esse segmento é representado por 26 milhões de idosos no Brasil e 900 milhões no mundo e continua em amplo crescimento.

Mas é importante saber também que em média, essas pessoas viajam acompanhadas de pelo menos duas pessoas, funciona como um critério de desempate, pois o local ou serviço a ser escolhido, será sempre aquele que consegue atender à pessoa com deficiência ou o idoso.

As pessoas com deficiência estão cada vez mais independentes e ativas, e é importante que a sociedade acompanhe essa evolução. No exterior, destinos como Alemanha, Espanha e Estados Unidos são referências de acessibilidade.

Recentemente a Turismo Adaptado fez uma viagem técnica a Alemanha com a participação de 6 cadeirantes e acompanhantes, hospedando-se nos mesmos hotéis, utilizando um único ônibus e visitando as atrações, todos ao mesmo tempo.

No Brasil, a Turismo Adaptado também realiza alguns projetos de acessibilidade em destinos turísticos destacando Bonito/MS, Serras Gaúchas/RS, Foz do Iguaçu/PR, Rio de Janeiro/RJ, Socorro/SP e Cruzeiros pela costa brasileira.

Para quem quiser conhecer melhor sobre o universo da acessibilidade e inclusão, o site da Turismo Adaptado reúne uma grande diversidade de informações e dicas.

A viagem é para Foz do Iguaçu, mas o local é no Parque Nacional Iguazu, no lado Argentino. O parque é binacional.

Passeio na Alemanha com um grupo de seis cadeirantes para uma atividade de observação de pássaros. Excelente infraestrutura em toda a viagem.

Este texto faz parte da Revista G.E. Cooper, edição número 03 de 2018. Para ver a publicação completa faça o download do arquivo no link acima.

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