Acessibilidade no ESG. A Equipotel, uma das principais feiras de hospitalidade e turismo da América Latina, reuniu mais uma vez, em sua edição deste ano, expositores, profissionais e visitantes em um evento que vai além das inovações em serviços, design e tecnologia. Realizada anualmente em São Paulo, a feira é uma vitrine de tendências e soluções para o setor, e nesta edição, o tema da acessibilidade ganhou destaque como uma prioridade crescente entre empresas e visitantes.
Um dos destaques foi a Arena ESG, que reuniu líderes e especialistas para discutir práticas ambientais, sociais e de governança no setor de hospitalidade e turismo. Foram 16 painéis organizados pela Resorts Brasil e GKS Inteligência Territorial, com promoção da RX Global. Entre os importantes nomes, participaram como palestrantes, Luiza Helena Trajano (Magazine Liza e Mulheres do Brasil), Chieko Aoki (Blue Tree Hotels) e Ricardo Shimosakai (Turismo Adaptado) para falar sobre a acessibilidade no ESG.
Acessibilidade no ESG
Ricardo Shimosakai ressaltou a importância da contratação da pessoa com deficiência pelo mercado turístico e também da responsabilidade do trade turístico em oferecer condições adequadas para turistas com deficiência. Citou exemplos importantes como os casos do Projeto Deficiente Residente do Museu do Futebol e a contratação de surdos pelo Museu de Arte Moderna que trabalham na parte administrativa e também foram capacitados para fazerem visitas guiadas em língua de sinais. São bons exemplos de acessibilidade no ESG que costuma mostrar em seus cursos de acessibilidade e inclusão.
A falta de opções de acessibilidade em estabelecimentos turísticos, também foi outro ponto importante criticado por Ricardo. “Nos hotéis você tem diferentes categorias de quartos, mas geralmente só existe um tipo de quarto com acessibilidade, então o hóspede com deficiência não tem como escolher diferentes tipos de preço ou conforto. A acessibilidade virou quase uma categoria”. Mais do que seguir normas, essa é uma visão importante que Ricardo passa em suas consultorias de acessibilidade. Prestar atenção na oportunidade de escolha também faz parte da acessibilidade no ESG.
Comentou também do olhar capacitista, onde o mercado não acredita na pessoa com deficiência como um consumidor, ou até mesmo de realizar tarefas comuns no cotidiano. Como um exemplo de grande capacidade, citou a Delegação Paralímpica Brasileira que bateu todos os recordes, conquistando 25 medalhas de ouro de um total de 89 medalhas, e ficando em 5 lugar na classificação geral. Só a medalhista Carol Santiago, nadadora paralímpiaca, ganhou 3 medalhas de ouro, o mesmo número que toda a Delegação Olímpica Brasileira. Entender a pessoa com deficiência e valorizar seus pontos fortes é parte do seu treinamento, onde as pessoas capacitadas passam a ter outra visão muito mais justa e produtiva a todos.
O compromisso social de uma empresa se reflete em suas práticas voltadas para o bem-estar da sociedade, e a inclusão de pessoas com deficiência é uma parte crucial dessa equação. Ao abordar as necessidades desses grupos, as empresas não apenas cumprem seu dever social, mas também fortalecem sua imagem perante investidores e a sociedade em geral.
Apesar da legislação que exige a contratação de profissionais com deficiência, a pesquisa “Diversidade, Representatividade e Percepção da Gestão Kairós” revela que apenas 2,7% do quadro funcional e de liderança das grandes empresas é compostos por pessoas com deficiência. Isso destaca a necessidade de um compromisso mais robusto com a inclusão.
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