Banheiro acessível trancado. Banheiros públicos, que são aqueles que estão aberto para qualquer pessoa usar, seja em parques, shopping centers, aeroportos, entre outros locais, geralmente não tem nenhum controle de sua utilização. Dessa maneira, os banheiros acessíveis, apesar de serem sinalizados como um banheiro exclusivo para pessoas com deficiência, também não tem o controle de sua utilização.
Como já falei em um outro artigo, certos comportamentos atrapalham a acessibilidade, e o grande problema é a falta de respeito das pessoas, que mesmo sabendo que o banheiro acessível não é para ela, não se importa em violar regras sociais. É uma regra social, de ética e respeito, pois não existe uma punição ou multa para quem desrespeita essa regra.
Para combater essa falta de respeito, alguns locais deixam o banheiro trancado para que seja utilizado exclusivamente para quem tem a necessidade de um banheiro acessível. Isso é polêmico, pois ao mesmo tempo que evita o uso de qualquer pessoa, também cria uma dificuldade, pois a pessoa com deficiência irá encontrar o banheiro trancado, e precisará procurar um funcionário para abri-lo. Para alguns isso é uma segurança, mas para outros isso é um dificultador.
É importante, para os estabelecimentos que utilizam essa estratégia, que deixem o banheiro sinalizado, avisando que é necessário pedir para um funcionário abri-lo, pois sem essa informação, o mais óbvio é pensar que o local está ocupado, e daí a pessoa pode ficar esperando por muito tempo ou então desistir.
Eu já a falta de respeito de pessoas sem deficiência utilizando o banheiro acessível em muitos lugares, posso dizer com uma frequência muito alta. No aeroporto, vários funcionários utilizam o local como vestiário, para se trocar e maquiar, afinal o banheiro acessível exclusivo, é um local espaçoso e privado. É incrível como muitas pessoas não se sentem constrangidas por utilizar um espaço indevido para elas, já vi pessoas que saíram do banheiro, comigo esperando minha vez por fora, e nem desculpas pediram.
Isso pode causar grandes problemas, pois os banheiros acessíveis são poucos, e se uma pessoa com deficiência precisar utilizá-lo com urgência, pode não haver outra alternativa. Eu já presenciei amigos passado por isso, e foi muito constrangedor, pois ele acabou defecando na própria cadeira de rodas, e sujando o ambiente.
Eu conheci uma prática, utilizada em alguns países do exterior, que achei a melhor forma de adequar essa situação. Todos os banheiros acessíveis públicos, são abertos por uma chame mestra, apelidada de “Golden Key”, ou “Chave de Ouro” em português. Para conseguir essa chave, é preciso comprovar sua deficiência através de laudos médicos, comprovante de residência e outros documentos, da mesma forma como é emitido o cartão de estacionamento DeFis.
Dessa forma, somente pessoas que realmente necessitam do banheiro acessível poderão utilizá-lo, tempo o poder de abrir a porta através da chave de ouro, é uma imposição de respeito forçada, mas é a melhor maneira. Se a pessoa não tiver a chave, ou for um estrangeiro, pois ela é fornecida somente para moradores, então é necessário pedir para um funcionário abrir a porta.
Essa situação tem muito a ver com o que eu sempre falo do meu conceito de Acessibilidade Funcional. Em muitos lugares existem banheiros acessíveis, mas nem sempre conseguimos usa-los pela falta de respeito. Trancar é uma alternativa, mas fazer isso não é a melhor solução, pois cria um dificultador. Então a chave de outro é a melhor maneira de controle, mas ao mesmo tempo é preciso realizar campanhas educativas para que a sociedade passe a ter respeito.
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