Falando sobre acessibilidade e inclusão. A informação é um ítem muito importante quando se fala em acessibilidade e inclusão, mas que infelizmente não é dada a devida importância, e por isso poucas ações nesse sentido são realizadas.

Quando se fala em acessibilidade, há vários lugares com uma acessibilidade boa, mas que não informam a existência dela, através de seus materiais informativos, como site na internet, redes sociais, materiais impressos, na própria sinalização do local ou até mesmo em entrevistas para a mídia. Eu chamo de acessibilidade escondida, porque existe, mas ninguém sabe que tem. Há muitas pessoas com deficiência que deixam de fazer passeios por não encontrarem informações a respeito da acessibilidade do local.

A acessibilidade e a inclusão deveriam estar na formação de todas as pessoas, ensinado nas escolas e faculdades, em todos os cursos. Saber lidar com as pessoas é importante a todos, e principalmente nas profissões que lidam com pessoas. Na verdade, isso é um dever, pois o desconhecimento de como saber lidar com as diferenças, podem desencadear entendimentos como preconceito e discriminação. Por isso eu digo que uma pessoa formada na faculdade, mas que não foi ensinada a como lidar com essas questões, não está preparada para o mercado, pois com certeza, em algum momento, ela terá que encarar isso. Antigamente existia uma matéria chamada Educação Moral e Cívica, que foi extinta, mas que eu acho que caberia muito bem para ensinar sobre a diversidade, e não digo somente relacionada à pessoa com deficiência, mas também às mulheres, negros, LGBTQIA+, idosos, entre outros.

A modernidade ajudou a popularizar a internet, que é uma ferramenta incrível para compartilhar informações e fazer pesquisas. Eu fui um dos primeiros blogs no Brasil a falar sobre acessibilidade e inclusão, mas atualmente há centenas de pessoas que colocam informações, principalmente nas redes sociais. Mesmo não tendo intenção profissional, só de ver o cotidiano de uma pessoa com deficiência, já nos ajuda muito, às vezes até mais do que as tradicionais leis e normas.

Quanto mais informação disponível, produzidas por cada vez mais pessoas, irá ajudar a difundir a acessibilidade e a inclusão para a sociedade, que aprenderá seus valores, e ficará cada vez mais habituada na convivência com a diversidade. A veiculação dos Jogos Paralímpicos na televisão aberta, serve como exemplo, onde muitas pessoas puderam conhecer um pouco mais, e passaram a admirar, quebrando seus preconceitos e pensamentos de vitimização alheia.

Espalhar informação é importante, mas é bom também ter canais de informação dedicados ao assunto, com pessoas bastante gabaritadas para falar sobre o assunto. Um bom exemplo é a Rádio Ame Os Raros, uma rádio web com programação diária, e que também faz lives através da intenet, onde eu fui um dos convidados para falar sobre o futuro da acessibilidade, as inovações, o que está ficando obsoleto, idéias criativas e novos conceitos. Quem conduziu a live foi Ítalo Duarte, que é o locutor da rádio, e sabe conduzir muito bem suas entrevistas. Fiquei imensamente em ver a força dessa iniciativa, que conseguiu trazer ao vivo, aproximadamente 3 mil pessoas, o maior público que já assistiu minha participação em todas as lives que eu já fiz.

A minha felicidade, é perceber que a minha contribuição está de alguma forma, colaborando para transformar o olhar desse grande número de pessoas, que com certeza farão diferença no avanço para uma sociedade mais acessível e inclusiva. Então fechando o raciocínio, do título que foi colocado neste artigo, essa é a importância de colocar o tema acessibilidade e inclusão em pauta, de forma abrangente e constante.