Foi anunciada o valor de 100 milhões de dólares, chamado de Fundo para Ações Criativas (Fund for Creative Equity) para aplicar nos conteúdos da plataforma relacionados à diversidade, para os próximos 5 anos. Esse fundo também será usado para identificar e treinar talentos em todo o mundo, dentro do perfil da diversidade, que incluem as questões de raça, pessoas com deficiência e o segmento LGBTQI+ entre outros.
Para ter parâmetros assertivos, a Netflix encomendou ao USC Annenberg Inclusion Initiative, um relatório de diversidade, para analisar os milhares de filmes e séries exibidos entre 2018 e 2019 sob o contexto da diversidade e inclusão.
Confira a seguir alguns filmes e séries exibidos pela Netflix abordando a temática da diversidade e inclusão:
O Universo Autista no Netflix. Atypical mostra a vida de um jovem autista em uma série.
Andar Montar Rodeio – A Virada de Amberley. Cadeirante encontra forças na paixão por cavalos.
Crip Camp: a revolução pela Inclusão que começou num campo de férias
Milagre na Cela 7. O drama de um homem com deficiência intelectual para provar sua inocência.
Paul Rudd vira cuidador de cadeirante em trailer de filme na Netflix
O crescimento abriu oportunidades para a empresa começar a produzir conteúdo próprio e exclusivo, chegando a ser comparada aos grandes estúdios cinematográficos de Hollywood, com a diferença que a Netflix está espalhada pelo mundo inteiro. Dessa forma, os conteúdos que antes eram restritos, agora podem ser escolhidos, tendo o controle em escolher o tema e o elenco das produções, e assim trabalhar de forma mais livre as temáticas sobre a diversidade.
O estudo descobriu que personagens LGBTQI+ eram raros: apenas 4% dos protagonistas em filmes e 1% em séries de TV. E embora o estudo diga que 27% da população dos EUA se identifica como pessoa com deficiência, menos de 1% dos protagonistas da série e apenas 5% do elenco principal realmente tinham alguma deficiência.
Foram medidos 22 indicadores de inclusão para o relatório, e os filmes e séries da Netflix melhoraram ligeiramente a significativamente de 2018 a 2019 em 19 métricas. Vale ressaltar que os conteúdos de 2020 não entraram na análise. No geral, as melhorias nesse período em relação ao assunto, melhoraram especialmente quanto à inclusão de mulheres na tela e nos bastidores, de elencos negros e criativos e de mulheres negras em papéis principais.
Com isso, podemos deduzir que as pessoas com deficiência são a minoria da minoria, e muito ainda é preciso avançar para combater o preconceito e a discriminação também nesse segmento do entretenimento.
Para enriquecer essa reflexão, quero convidar você a ler outras matérias relacionadas ao assunto, onde eu mostro eventos de cinema específicos para filmes abordando a deficiência, uma coletânea de algumas dos diversos filmes onde a pessoa com deficiência é a protagonista ou a deficiência é o tema principal, e atores com deficiência premiados, como o brasileiro Daniel Gonçalves do filme “Meu nome é Daniel”, e o americano Peter Dinklage da série “Game of Thrones”. E não deixe de ver como a Netflix passou a oferecer conteúdo com audiodescrição.
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