O texto abaixo foi extraído do Jornal Panrotas, Ano 20, número 1027, da semana de 21 a 27 de agosto de 2012. Clique nesse link em vermelho, e você poderá ver a edição completa, com todas as reportagens e no material original.
Acessibilidade é investimento
“Em 2001, um tiro me deixou de cadeira de rodas, mas tive uma aceitação imediata e fui em frente. A minha maior dificuldade foi fazer lazer e turismo. De cadeira de rodas é complicado, a acessibilidade é difícil. Eu sempre gostei de viajar e tinha acabado de voltar do Japão, onde fui trabalhar”, diz Ricardo Shimosakai.
Mesmo com dificuldade, ele insistia em fazer algumas atividades, como ir ao cinema. “Meus amigos começaram a pedir para eu organizar os passeios. Eles me viam como um incentivo. Na fileira da frente do cinema, tem um espaço para a pessoa com deficiência. E para o acompanhante? Mas eu não desistia. Não ia esperar a coisa ficar boa para poder sair de casa”, conta.
Já com expertise em reunir os amigos para os passeios, ele decidiu fazer uma faculdade de turismo. “Precisava ter uma base maior. Da deficiência eu já entendia, agora queria entender de turismo e unir as duas coisas”.
Ainda durante a época da faculdade, Shimosakai resolveu fazer uma viagem para a Europa: Portugal, França, Inglaterra e Espanha. “Uma semana antes, a operadora com quem fechei o pacote me proibiu de realizar a viagem. Disseram que não estavam preparados. Então resolvi eu mesmo organizar meus roteiros. Até você chegar no destino, os operadores não tem consciência da dificuldade. Quando o deficiente chega lá, a cadeira não entra no banheiro. Aproveitei a viagem para agregar valor profissional, como fazer visitas técnicas e conhecer pessoas que trabalham com o turismo acessível.”
Com as experiências de Shimosakai surgiu a Turismo Adaptado. “Para im, agenciar é a forma mais prática de dar resultado para um viajante com deficiência. É proporcionar para a pessoa uma viagem sem problemas de acessibilidade. Brotas (SP), por exemplo, tem empresa que oferece rafting para pessoas com deficiência, mas não tem hotel adaptado. Onde vou dormir?”.
Shimosakai é muito procurado por agências e turistas de um modo geral para ajudar em viagens. “Meu ideal é ter uma operadora de turismo acessível para a América do Sul. Quero que os deficientes consigam fazer uma viagem independente e que o trade abra os olhos para essa questão. Adaptar um hotel não é um gasto. É investimento”.
Fonte: Panrotas
Que maravilha. Será ótimo mesmo o deficiente conseguir ter a liberdade de viajar para vários destinos, sem tantas limitações.
Nos EUA o que você sugeriria de lugar interessante e acessível para levar um adolescente de 16 anos (cadeirante), que não seja Orlando.
Abraço,
Valéria.
Acho Nova York e Las Vegas boas opções. Porém, como citei acima, para aproveitar melhor a viagem, aconselho a procurar empresas especializadas. Faça uma solicitação de viagem através do email [email protected] e lhe oferecemos uma viagem mais adequada.