
Zoológico de Brasília promove caminhada noturna com acessibilidade
Com animação e curiosidade, um grupo de deficientes visuais participou, nessa quinta-feira, do projeto Zoo Noturno. Por meio do toque, os participantes tiveram uma noção maior das características dos animais e da importância da preservação das espécies. O passeio começou às 19h e foi acompanhado por monitores e seguranças. O objetivo é que os participantes visitem os recintos dos animais de hábitos noturnos e crepusculares como o jacaré, o macaco-da-noite e o lobo Guará. Eles receberam informações sobre a biologia do animal, nicho ecológico, além de curiosidades.
A iniciativa faz parte da Semana de Acessibilidade, promovida pela Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-DF) em parceria com a Fundação Jardim Zoológico, aconteceu em outubro de 2010. Para o diretor do zoológico, Raul Gonzales Acosta, esse projeto engloba todo o tipo de deficiência e, na prática, eles podem levar amor e agregar conhecimentos para a qualidade de vida. “Com esse projeto afirmamos que ser deficiente é ser normal no Zoológico de Brasília”, disse.
Elisângela de Oliveira, 37 anos, ficou muito feliz com a caminhada. Aos 19 anos, ela visitou o zoológico pela última vez, antes de perder a visão devido a uma atrofia do nervo ótico. “Esse passeio me traz uma sensação muito boa, pois todo o fim de semana eu vinha aqui, fazer pique-nique. Acabei resgatando isso nesta noite”, conta Elisângela.
De acordo com o presidente da Comissão de Defesa dos Direitos da Pessoa com Deficiência da OAB/DF, Yure Gagarin Soares, a idéia é aproximar a Ordem da sociedade, conscientizando as pessoas sobre o respeito à legislação que garante os direitos de portadores de deficiência física, além de promover e fiscalizar o cumprimento dessa lei.
A trilha da caminhada também foi adaptada para os deficientes visuais. Animais empalhados do Museu de Taxidermia também foram espalhados pelo parque. Durante o passeio, eles também aprenderam a identificar os bichos pelo som e cheiro.
Acessibilidade
O Zoológico já deu os primeiros passos para inclusão social. Mapas táteis foram espalhados pelo parque e 13 funcionários já se formaram no Curso de Libras oferecido pela instituição em parceria com a Fundação de Apoio à Pesquisa do DF (FAP). Os investimentos não vão parar por aí. Em breve, serão revitalizados os banheiros, as calçadas e as placas dos recintos.
Segundo a coordenadora do Grupo de Pesquisa em Atividades Especiais do zoológico (GPAE), Eleonora D’avila Erbesdobler, a ação é uma oportunidade para integrar os deficientes físicos nas atividades do zoológico. “Eles precisam saber que o parque tem um espaço para pessoas com deficiência e que está sendo modificado para melhor recebê-los”, afirma.
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