Vitória do Espírito Santo. Acessibilidade na capital Capixaba
Vitória possui mais de 2.200 bares, restaurantes e lanchonetes que, por tradição histórica, usam a calçada com a utilização de mesas e cadeiras para os clientes. Os dados são de 2010. Para garantir o trânsito seguro de pedestres sem obstáculos, foi publicada uma instrução normativa que exige a pintura de uma faixa amarela para reservar a passagem dos moradores. Calçadas com menos de 1,95 metro não podem ter mesas e cadeiras. No caso de passeios entre 1,95 metro a 2,95 metros, os comerciantes têm de separar 90 centímetros para o pedestre. Para as calçadas maiores do que 2,95 metros, o espaço deverá ser de 1,20 metro.
Em todas as regiões da capital, existem vagas reservadas exclusivamente para idosos e pessoas com deficiência. Mas, para usufruir do benefício, é preciso ter o cartão nacional de estacionamento. Quando a pessoa para em qualquer uma dessas vagas precisa deixar a credencial no painel, no interior do veículo, de modo que seja possível a sua visualização pelo agente de trânsito. Caso não o faça, mesmo sendo idoso ou deficiente, será multado.
O Calçada Cidadã é um grande projeto de acessibilidade para os pedestres, sobretudo as pessoas com deficiência, gestantes e idosos. Ele prevê a padronização das calçadas, visando à mobilidade com segurança pela cidade, conforme determina a legislação federal e municipal. A calçada cidadã possui a faixa de percurso seguro, ou seja, plana, sem degraus, sem obstáculos e não escorregadia, e a de serviço, na qual se concentra todo o mobiliário urbano (árvores, postes, orelhões etc). A faixa de serviço é marcada com piso podotátil, diferenciado para identificar área não segura para caminhar, principalmente para os portadores de deficiência visual. O projeto é muito importante porque a maioria dos deslocamentos na cidade – mais de 177 mil viagens – é feita a pé, de acordo com o Plano Diretor de Transporte Urbano e Mobilidade Urbana de Vitória, de 2008.
O sistema de transporte coletivo de Vitória é planejado e gerenciado para garantir acessibilidade a todos, incluindo idosos, obesos e pessoas com deficiência e com mobilidade reduzida. A frota de ônibus vem sendo substituída gradativamente, com a aquisição de veículos adaptados, que possuem plataforma elevatória, espaço para cão guia e um banco com dimensão diferenciada. Em Vitória, idosos acima de 65 anos e pessoas com deficiência, além de terem direito à reserva de seis assentos de uso exclusivo na parte dianteira dos coletivos, também podem, se preferir, optar por passar pela catraca e ocupar qualquer outro assento do veículo.
Ao todo, há 112 ônibus adaptados, o que corresponde a 33% da frota municipal. Os dados são de 2010. Os pontos de ônibus também estão sendo dotados de abrigos que oferecem melhores condições de conforto, mobilidade e contemplam todas as normas de acessibilidade previstas na legislação vigente. Além do banco, há espaço reservado para acomodar cadeiras de roda.
Nos principais portões de entrada e em áreas estratégicas da cidade, Vitória conta hoje com cinco Postos de Informações Turísticas (PIT). Os postos localizam-se no Aeroporto e nas praias da Curva da Jurema e Camburi. Os atendimentos são realizados por agentes municipais do Grupamento Turístico, que prestam informações sobre a cidade e seus pontos turísticos, distribuindo mapas e folhetos. No PIT da Curva da Jurema, os agentes municipais receberam capacitação e agora recebem os turistas com deficiência auditiva usando a linguagem de libras.
PIT Curva da Jurema
Endereço: localizado no módulo nº 18 da praia da Curva da Jurema
Telefone: (27) 3135-2102
Horário: todos os dias, das 7 às 17 horas
PIT Aeroporto
Endereço: Avenida Fernando Ferrari, s/n, Goiabeiras.
Telefone: (27) 3235-6300
Horário: todos os dias, 24 horas
PIT Camburi
Endereço: localizado no final da Praia de Camburi, em frente ao acesso rodoviário que interliga a orla à BR 101 Norte
Telefone: (27) 3135-8009
Horário: todos os dias, das 7 às 17 horas
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Fonte: Prefeitura de Vitória
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Ah! Minha cidade é linda mesmo! 🙂 Mas pra ficar mais linda tem que transformar os seus projetos em realidade.
A calçada cidadã é perfeita na Praia de Camburi, mas deixa muito a desejar no restante da cidade. Ou suas rampas não tem uma inclinação correta, ou o piso tátil é colocado de uma forma indevida; ainda estão fora do padrão estabelecido. E as inúmeras calçadas inacesíveis a qualquer ser humano ainda existem!
É vivível que muitos ônibus adaptados estão rodando pela cidade, mas falta educação das pessoas (motoristas, cobradores e aqueles que não abrem mão do seu lugar naquele banco que fica no espaço reservado para o cadeirante) e manutenção das rampas. Sem falar na falta de treinamento para uso da rampa nos coletivos.
E se o cadeirante resolve vir a Vitória pelo aeroporto… Venha preparado para descer pela escadinha e carregado ( exceto a TAM que usa um equipamento específco). E o banheiro não é o dos mais acessíveis.
Espero que não desanimem de vir à Vitória! Afinal os projetos existem e, ainda que em passos de tartarugas, eles tem caminhado rumo a real e ideal acessibilidade!!!
Minha inteção é elaborar um pacote turístico acessível para Vitória, dai seria oferecido um serviço de qualidade, para eliminar todos os problemas que você citou. É claro se for por conta, ai pode se deparar com esses e muitos outras barreiras, mas a nossa proposta é criar um serviço de qualidade, então quando alguém quiser ir a Vitória nos procure!
Precisando de dicas, só dizer! Estou às ordens!! Será um prazer colaborar! 😉
Ricardo, bom dia!
Parabéns pelo seu blog!
O turismo com acessibilidade é um nicho que precisa ser explorado, desenvolvido e principalmente divulgado no Brasil. Existe uma demanda reprimida.
Sou formado em Administração de Empresas pela Anhembi-Morumbi e fiquei tetraplégico em 2006. Estou iniciando um blog e pretendo tratar o tema da acessibilidade.
Venha nos visitar qualquer hora.
Abraços,
Tadeu
O Critiquista
Olá Tadeu,
Também me formei na Anhembi Morumbi, porém em Turismo. Adquiri minha deficiência em 2001, mas foi a partir de 2004 que comecei a trabalhar pelo lazer e turismo para todos, justamente pela dificuldade que encontrava no Brasil. Mesmo mostrando a questão da grande demanda existente, a oportunidade de lucro financeiro e de imagem, além de ser uma obrigação por lei, é difícil fazer com que os empresários implantem a acessibilidade em seus negócios
realmente vitória é uma cidade linda.
Quando eu fui, as iniciativas de acessibilidade estavam surgindo, Espero que tenha evoluído, pois todos querem conhecer a beleza dessa cidade.
Acho bem interessante essas medidas. Mas eu tenho uma pergunta. Eu trabalho em Inglaterra no centro nacional de lesao medular, muitos dos meus pacientes perguntam sobre o acesso para cadeirantes em Vitoria. A minha pergunta é como eles irão fazer p usufruir do diteito à vaga de estacionamento uma vez que n sao brasileiros. Os direitos são iguais. Ou a lei é so p brasileiros e os outros ficam de fora? O q essas pessoas precisam fazer p usufruir dos mesmos direitos.
Em relação à vaga de estacionamento reservada para pessoas com deficiência física, existe uma falha. Somente quem possui o cartão de estacionamento, tem direito para utilizar as vagas, e para isso é preciso comprovar sua residência no Brasil. Ou seja, quem não mora no Brasil, não tem direito à vaga. Mas isso não acontece só aqui, pois nos Estados Unidos e outros países da Europa, acredito que inclusive a Inglaterra, a logística funciona da mesma maneira. Isso fica complicado para estrangeiros, pois são poucas as vagas reservadas existentes, e se estas só podem estacionar com o cartão, e a pessoa não tem como ter o cartão, então o resultado é que ela, mesmo precisando, não pode estacionar em nenhuma vaga reservada! Corre o risco de levar uma multa e ter o carro guinchado. Em alguns lugares como shoppings, ainda é possível deixar o carro na área VIP do estacionamento e deixar por conta do manobrista, pagando por uma tarifa normal, mas isso não é uma regra.