Viajando com bebês. Tudo o que você precisa saber.
Viajar com crianças menores de dois anos sempre gera receio entre os pais, mas pode ser uma boa oportunidade. Até essa idade, por exemplo, os elas não pagam passagem aérea (apenas uma taxa de cerca de 10% do valor do bilhete, dependendo da companhia). A seguir, algumas dicas importantes para planejar e aproveitar as viagens com esses pequenos aventureiros.
DOCUMENTAÇÃO
Viagens domésticas. Se a criança estiver acompanhada dos pais ou responsáveis legais, basta que estes apresentem documentos oficiais com foto e certidão de nascimento das crianças.
Mercosul. Com exceção das Guianas e do Suriname, brasileiros podem viajar apenas com a carteira de identidade para os países da América do Sul. Para menores de idade, o documento (emitido no RJ pelo Detran) tem validade até os 18 anos. Outros documentos, como carteira de motorista ou de trabalho não são aceitos, assim como RGs muito antigos ou em mau estado de conservação.
Outros países. Fora do continente, bebês precisam levar passaporte. O processo para emissão do documento e seu custo (R$ 257,25) são iguais aos dos passaportes dos adultos, mas precisa ser renovado com mais frequência. Até os 4 anos, a validade é equivalente à idade: para menores de 1 ano, o documento é válido por um ano, e por aí vai. Crianças também devem portar vistos de entrada para países que exigem tal autorização, como Estados Unidos e Canadá.
Viajando sem um dos responsáveis. Em trechos internacionais sem um dos responsáveis, é preciso apresentar um documento em que aquele que não embarcará autoriza a viagem da criança com o outro. A autorização (encontrada no site da Polícia Federal) deve ser assinada por ambos e apresentada, sem rasuras e registrada em cartório, em três vias originais. Caso o menor viaje sem os dois responsáveis, é necessária a apresentação do mesmo documento, indicando o nome do acompanhante, que precisa ser maior de idade. Também é possível registrar a autorização prévia para viagens com apenas um dos responsáveis no passaporte da criança.
NO AVIÃO
Horários dos voos. Voos noturnos e sem escalas são os ideais para viagens com crianças, pois respeitam seus horários de sono e permitem aos pais um melhor planejamento das atividades bordo. Nos voos durante o dia os bebês têm mais dificuldade de dormir e quando há conexões, é preciso ter ainda mais atenção ao relógio.
Passagem. Crianças de até 2 anos não pagam passagem, apenas uma taxa de cerca de 10% do valor do bilhete normal. Mas o bebê precisa ir no colo de um adulto. Algumas empresas oferecem um berço para bebês de até 70cm. Devem ser pedidos com antecedência, assim como as reservas dos assentos das primeiras fileiras, que são preferenciais, mas dependem de disponibilidade.
Antes do embarque. Chegue ainda mais cedo no aeroporto, para se prevenir contra qualquer imprevisto. E lembre-se que crianças têm prioridade na hora do embarque. Para a maior comodidade, carrinhos e cadeirinhas (estas se tiverem as dimensões de uma bagagem de mão) podem ir até a porta do avião.
Comida. Os pais podem embarcar com comida, água para mamadeira e leite em pó. Se precisar aquecer, peça à tripulação antes de a criança ficar com fome e fora do horário de serviço de bordo.
Pouso e decolagem. Amamentar ou dar algo para o bebê morder diminui a pressão interna do ouvido, que causa dor nos pequenos.
OUTROS MEIOS DE TRANSPORTE
Trem. Na maioria dos países da Europa, as empresas ferroviárias não cobram passagens para crianças menores de quatro anos, que têm que dividir assento ou cama com os pais. Em alguns casos, como na Bélgica, Suíça, Alemanha e Dinamarca, a gratuidade vai até os 6 anos. No Reino Unido vai até 5.
Cruzeiros. A política de cobrança para crianças varia de empresa para empresa. Na MSC, crianças de até 2 anos viagem de graça nos roteiros pela América do Sul, e até 12 anos nos cruzeiros na Europa, Caribe, Sul da África e Oriente Médio. Na Costa. Na Costa Cruzeiros, há tarifas especiais para reservas do terceiro e do quarto leitos situados na mesma cabine, sem cobraça de taxas para passageiros de até 2 anos incompletos. As armadoras também costumam oferecer áreas de recreação para crianças de colo, com profissionais habilitados para cuidarem delas por um período.
Carros alugados. As principais locadoras de veículos costumam oferecer cadeirinhas para crianças, mas as peças são cobradas à parte, com preços que chegam, nos EUA, a cerca de US$ 20 por dia. Vale fazer a conta se a comodidade compensa ou não. Em geral, quem faz viagens mais longas deve levar a própria cadeirinha.
Carros de aplicativos. Quem vai usar serviços de aplicativos como Uber e Cabify deve levar consigo cadeirinhas para as crianças. Mesmo que o item não fosse obrigatório por lei em muitos países, é uma questão de segurança. A Uber está testando em algumas cidades, como Montevidéu, Santiago do Chile, Kiev e Moscou , o serviço UberKids, com carros que já contam com a cadeirinha. Em cidades americanas, como Orlando, Nova York, Washington DC., a opção com carros com a cadeirinha também aparece no aplicativo, mas como “Uber + Cadeirinha infantil”.
SAÚDE
Consulta pré-viagem. Antes de tudo, os pais devem consultar o pediatra da criança, que avaliará se o bebê tem condições de viajar e receitará os remédios adequados a serem levados.
Kit saúde. A presidente do Departamento de Pediatria Ambulatorial da Sociedade Brasileira de Pediatria, Mariane Franco, afirma que uma farmacinha básica deve ter sempre antialérgico, antitérmico e remédios para enjoo, cólica e diarreia, além de soro nasal, sempre os usados regularmente pela criança. Em muitos casos, o pediatra pode receitar remédios que a criança nunca tomou para casos emergenciais, já que geralmente não é possível comprá-los no exterior.
Vacinas. Qualquer vacina que a criança for tomar deve ser aplicada com ao menos duas semanas de antecedência, para evitar as reações no momento da viagem. Lembrando que a vacina de febre amarela não é indicada para bebês menores de 9 meses e mães que amamentam filhos de até 6 meses.
Para as mães. Mariane Franco, da SBP, orienta as mães que ainda amamentam a manter os hábitos normais, como se hidratar muito e não fugir muito da dieta normal. “Qualquer mudança mais brusca na alimentação da mãe pode interferir na digestão da criança”, afirma a médica.
BAGAGEM
De mão. Brinquedos favoritos são úteis em viagens de avião ou carro. Itens para troca de fralda, pelo menos uma muda de roupa, casaco e manta devem estar sempre à mão. Os remédios devem ir com os pais, para não correr risco de extravio.
Roupas. Crianças sujam mais roupas que os adultos durante o dia. Por isso, não economize nas peças. Leve sempre roupas condizentes com as condições climáticas do destino.
Higiene. Se a viagem for para um centro urbano, pode levar poucas fraldas e material de higiene e comprar mais lá se precisar. Caso contrário, leve tudo de casa para não faltar.
Outros. Repelente e filtro solar não devem faltar. Leve também um bom sortimento do leite em pó que a criança toma, para não correr o risco de precisar trocar de marca e haver rejeição.
HOSPEDAGEM
Hotéis. Na maioria dos casos, hotéis oferecem berços, caso os hóspedes peçam. Mas pergunte antes se é cobrado ou não. Em sites de reserva, como o Booking.com, é possível ver se o quarto conta ou não com esta comodidade. Alguns hotéis podem ter também cadeirinhas altas para alimentação.
Aluguel. Para famílias com bebês que já comem alimentos sólidos, um imóvel com cozinha pode ser uma boa solução. Mas considere fatores como acessibilidade (elevador é fundamental) e limpeza. O Airbnb tem uma área no site para imóveis voltados a famílias, com unidades que oferecem até mesmo brinquedos.
Localização. Se o destino é uma área urbana, hospedar-se em regiões centrais, ainda que seja mais caro, é a melhor opção para ficar a curtas distâncias das principais atrações.
Fonte: O Globo
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