Então a melhor maneira de resolver isso, indicados pelos especialistas em saúde, é dividir a população em grupos de acordo com a vulnerabilidade. O principal item de prioridade é a idade, pois idosos possuem maior chance de ter complicações graves, caso peguem a Covid-19. Essa prioridade vai avançando a aos poucos o limite mínimo da faixa etária vai diminuindo.
Depois, a segunda questão importante que é considerara, são as chamadas comorbidades, que tecnicamente é descrita como a junção de duas ou mais doenças em um mesmo indivíduo. A relação de comorbidades definidas pelo Ministério da Saúde é:
- Doenças cardiovasculares
- Insuficiência cardíaca (IC)
- Cor-pulmonale (alteração no ventrículo direito) e hipertensão pulmonar
- Cardiopatia hipertensiva
- Síndromes coronarianas
- Valvopatias
- Miocardiopatias e pericardiopatias
- Doença da aorta, dos grandes vasos e fístulas arteriovenosas
- Arritmias cardíacas
- Cardiopatias congênitas no adulto
- Próteses valvares e dispositivos cardíacos implantados
- Diabetes mellitus
- Pneumopatias crônicas graves
- Hipertensão arterial resistente (HAR)
- Hipertensão arterial – estágio 3
- Hipertensão arterial – estágios 1 e 2 com lesão em órgão-alvo e/ou comorbidade
- Doenças neurológicas crônicas
- Doença renal crônica
- Imunossuprimidos (transplantados; pessoas vivendo com HIV; doenças reumáticas em uso de corticoides; pessoas com câncer)
- Anemia falciforme e talassemia maior (hemoglobinopatias graves)
- Obesidade mórbida
- Cirrose hepática
As Pessoas com Deficiência também foram incluídas na lista de prioridades pelo Ministério da Saúde, porém cada prefeitura tem a liberdade de decidir como organizar as diversas prioridades que foram consideradas. Então acaba que na prática, a prioridade possa não ser imediata. Além disso, em alguns municípios, colocaram mais algumas condições para esse grupo. Em São Paulo, por exemplo, a Pessoa com Deficiência tem que confirmar o cadastro no Benefício de Prestação Continuada (BCP), que é um auxílio financeiro oferecido pelo governo, principalmente para as pessoas de baixa renda. Esta exigência não faz muito sentido, pois a Covid-19 é democrática, e ataca não só pessoas com baixa renda.
Em vários grupos de prioridade, também prevalece a questão da faixa etária. Então as Pessoas com Deficiência, mesmo que estejam recebendo o BCP, precisam também estar na faixa de idade anunciada pela prefeitura. É assim em São Paulo, mas como já foi dito, cada município pode ter regras próprias, e há cidades em que há poucos habitantes, e por isso a faixa etária para Pessoas com Deficiência nem é considerada.
O sistema Drive-Thru, onde as pessoas podem ser vacinadas sem sair do carro, foi adotado para facilitar pessoas idosas com dificuldade de locomoção, e ajuda também as Pessoas com Deficiência. Além de ser mais confortável, pois você fica esperando sentado no conforto do carro, geralmente é mais rápido, pois a maioria da população não tem carro, então a fila acaba sendo menor. Teoricamente a pessoa só está totalmente imunizada, 14 dias após a aplicação da segunda dose, então é muito importante prestar atenção na data, que dependendo da vacina, tem um intervalo de 12 semanas.
A relação da Pessoa com Deficiência com o Covid-19 oferece mais riscos em algumas situações, pois pessoas com deficiência física, deficiência visual e idosos, podem necessitar do auxílio de terceiros, o que vai contra a recomendação de distanciamento. Pessoas cegas também se utilizam muito do tato para se orientar e colher informações, como ler o Braille, por exemplo. Então a atenção deve ser redobrada, para que possa preservar a própria saúde, e ao mesmo tempo para colaborar para que a pandemia seja controlada o mais rápido possível, e possamos voltar às nossas atividades sem barreiras.
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