Uma cidade para todos
O Funchal foi uma das sete cidades, entre as cidades de todo o continente europeu, escolhido pela Comissão Europeia para receber o prémio “Cidade Acessível 2017”. A distinção que a União Europeia atribuiu à nossa Cidade, com uma menção honrosa em que reconhece o “continuo compromisso da cidade com vista à acessibilidade em circunstâncias geográficas difíceis”, é uma honra para todos os madeirenses, um reconhecimento de tudo o que temos feito em termos de acessibilidade e inclusão nos últimos três anos, e uma responsabilidade para alcançarmos o nosso objetivo de tornar a nossa cidade um melhor local para viver ou visitar para todas as pessoas.
Este é um prémio reservado às cidades que têm melhorado de forma visível a acessibilidade em aspetos essenciais da vida urbana, e que segundo a Comissão Europeia, “são uma inspiração para outras cidades dos 28 países da União Europeia”.
Definimos como prioridade estratégica tornar a cidade mais acessível e mais inclusiva e desenvolvemos um trabalho de fundo, em áreas tão distintas como a Mobilidade, o Urbanismo, as Infraestruturas e Equipamentos e o Turismo. Queremos que o Funchal seja um destino de excelência para o Turismo Inclusivo, partindo do princípio de que a boa oferta turística deve ser sempre resultado de um território sustentável e com qualidade de vida para as pessoas que aqui vivem.
Foi por isso com orgulho que ouvimos a Comissão Europeia reconhecer que o nosso município “assegurou que todas as suas praias, principais pontos turísticos, hotéis e espaços públicos sejam acessíveis, de forma a que tanto os residentes como os turistas com deficiência tenham as mesmas oportunidades do que a restante população para desfrutar das suas férias”.
Estamos realmente comprometidos em fazer com que o Funchal seja uma cidade para todos, seja para as pessoas com deficiência, seja para aquelas pessoas que não tenham nenhuma deficiência de caracter permanente, mas que temporariamente tenham limitações, seja ainda para a população mais idosa.
Temos realizado diversos projetos e intervenções com várias práticas de excelência, de que se destaca o caso emblemático da Praia Formosa, que continua a ser a única praia do país com acesso ao mar para deficientes motores e visuais, fruto da aplicação de uma tecnologia inovadora, que permite que pessoas possam nadar com autonomia total. Este é só um exemplo de promoção de locais públicos acessíveis, a que juntam outros complexos balneares do município, com condições de acessibilidade para pessoas com mobilidade reduzida, através de elevadores e rampas de entrada nos mesmos, mas também equipados com cadeiras hidráulicas que permitem o acesso às piscinas.
Outras obras realizaram-se e equipamentos instalaram-se em outros locais públicos, como no Parque de Santa Catarina, utilizado não só como jardim, mas como palco para grandes espetáculos, em que os pavimentos foram nivelados, rampas foram construídas, e o parque infantil recebeu equipamentos adaptados, como um baloiço para cadeira de rodas.
Na nossa cidade a atenção à mobilidade para peões e a retirada de obstáculos do espaço público tem sido uma referência. É exemplo disso o facto dos estacionamentos para motas terem sido retirados dos passeios, ou a colocação do mobiliário urbano obedecer a regras para deixar espaço desobstruído, de modo a não colocar em perigo as pessoas com deficiência. Ou ainda pormenores que por vezes passam despercebidos, como a colocação de grades protetoras nas raízes das arvores, os passeios rebaixados ou as passadeiras sobrelevadas. Temos ainda transportes públicos adaptados para pessoas com mobilidade reduzida e 104 lugares de estacionamento para cidadãos com deficiência.
Falando de turismo é necessário referir-se que o Teatro Municipal Baltazar Dias e muitos museus tem sido adaptados para promover uma melhor acessibilidade e a aplicação turística adquirida pela autarquia, a JiTT.travel, ter um mapa com rotas acessíveis.
Um esforço, a que se podiam acrescentar outros exemplos, que coloca o Funchal na dianteira das cidades que promovem e protegem os direitos das pessoas com deficiência, não como uma obrigação legal, mas como uma questão de principio na forma como contruímos uma cidade para todos.
Fonte: dnoticias.pt
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