Uberlândia, uma cidade para todos – Política de respeito às pessoas com deficiência
Uberlândia participou do Prêmio Internacional de Boas Práticas de Xangai – um concurso anual desenvolvido pela ONU Habitat, no qual municipalidades de todo o mundo inscrevem práticas de desenvolvimento urbano que possam servir de exemplo para outros países em diversas áreas. Um trabalho dividido em duas etapas.
Na primeira etapa, foi produzido um material composto pelas seguintes peças: um formulário de inscrição, uma revista de 48 páginas e um documentários de até 10 minutos. Com o transporte coletivo 100% acessível às pessoas com deficiência, Uberlândia, por indicação do fotógrafo e embaixador das Nações Unidas Alessandro Scotti, inscreveu-se no prêmio no quesito transporte público. Com esse material foi apresentado a estrutura de transportes e de prédios públicos adaptados, além da evolução das políticas públicas em defesa da pessoa com deficiência.
Em agosto de 2009, após concluir o processo de licitação para a concessão do serviço de transporte público para novas empresas, Uberlândia foi a primeira cidade brasileira a ter toda a frota de ônibus acessível para pessoas com deficiência. A cidade saiu na frente das demais e se adaptou com antecedência à obrigatoriedade contida no Decreto Federal 5.296, que prevê a implantação de 100% de ônibus acessíveis em todo o país no transporte coletivo urbano até 2014.
Hoje são 64 bairros integrados em Uberlândia e cinco distritos, além de vilarejos, como a Tenda dos Morenos e Olhos D`água, atendidos por 395 veículos do Sistema Integrado de Transportes distribuídos em 108 linhas de ônibus totalmente acessíveis para pessoas com deficiência.
“Todos os veículos têm idade média menor que 1 ano e são adaptados com elevadores, para oferecer comodidade e segurança às pessoas com deficiência”, explicou o secretário Municipal de Trânsito e Transportes, Paulo Sérgio Ferreira.
Depois de implantada a integralidade do transporte coletivo acessível, o objetivo é aumentar a oferta de ônibus com piso baixo no Sistema Integrado de Transportes (SIT). Este tipo de veículo torna desnecessária a utilização do elevador. “O problema é o preço. Ele custa praticamente o dobro do convencional. Um ônibus normal custa R$ 300 mil, o outro com piso baixo custa R$ 600 mil.” A meta é ampliar, gradativamente, a oferta deste tipo de veículo. “Hoje são dois no corredor de ônibus da (avenida) João Naves de Ávila. Nos próximos corredores que iremos implantar – serão mais quatro corredores-, vamos aumentar a oferta de ônibus com piso baixo”, afirmou o secretário.
Na segunda etapa, a revista manteve o mesmo layout, mas o conteúdo foi adaptado para distribuição ao público. Com isso, também foram acrescentadas outras ações de atenção à pessoa com deficiência nas áreas de educação, esporte e saúde, promovidas pela Prefeitura de Uberlândia. Mesmo com o acréscimo de conteúdo a revista foi reduzida para 24 páginas, o que você pode imaginar, representou um retrabalho grande. Um trabalho demorado de pesquisa e reuniões em que foi possível aprender muito sobre o tema acessibilidade e a história daqueles que lutaram para mudar o cenário de exclusão em que viviam.
Acesse o link a seguir para ver o conteúdo integral da revista Uberlândia – Uma cidade para todos
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Olá, meu nome é Mayara eu e meu grupo estamos fazendo um trabalho de T.C.C.,que o tema é a inclusão social dos deficientes fisicos,mais prescisamewnte a parete de eventos,gostaria de saber se voêcs poderiam dar algumas dicas para nós,pois o trabalho que foi feito na cidade é muito legal…
obrigada!!
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