O Ministério do Turismo está investindo R$ 98,5 milhões em obras de acessibilidade em nove cidades-sede da Copa do Mundo de 2014. O Estado de São Paulo recebe R$ 20 milhões para melhorar a acessibilidade de rotas turísticas. Salvador, R$ 18 milhões para a revitalização da orla do bairro da Barra e acessibilidade em atrativos da região. Para Fortaleza serão 17 milhões em pontos turísticos como Iracema e Mercado Central.
O investimento faz parte da Matriz de Responsabilidades da Copa, um documento que determina valores a serem investidos para o mundial e define o papel dos governos federal, estaduais, municipais e de agentes privados. Estados beneficiados darão uma contrapartida de R$ 10 milhões. “O MTur apoia a acessibilidade e a diversidade do turismo de todos os segmentos. O turismo precisa ser usufruído por todos, sem distinção”, afirma Fabio Mota, secretário nacional de Programas de Desenvolvimento do Turismo.
Estima-se que o Brasil tenha 27 milhões de pessoas com problemas de locomoção, de acordo com o IBGE. Para que elas possam viajar, é necessário que hotéis, aeroportos e cidades ofereçam condições que permitam a mobilidade. Alguns municípios brasileiros se destacam por oferecer hotéis com quartos e banheiros adaptados, restaurantes com cardápios em braile e informações acessíveis a deficientes auditivos e serviços de transporte adaptados. Entre elas, estão Maceió, a capital com o maior percentual de quartos de hotéis adaptados para receber visitantes com mobilidade reduzida, e Socorro, cidade paulista com uma estância hidromineral adaptada para cadeirantes.
Investimentos do Ministério do Turismo e contrapartida dos Estados ou prefeituras:
Belo Horizonte – R$ 3,3 milhões + R$ 264 mil
Cuiabá – R$ 1,37 milhão + R$ 119 mil
Curitiba – R$ 11,54 milhões + R$ 1 milhão
Manaus – R$ 5,2 milhões + R$ 578 mil
Fortaleza – R$ 17 milhões + R$ 4,61 milhões
Natal – R$ 13,3 milhões + R$ 554 mil
São Paulo – R$ 19,5 milhões + R$ 1,69 milhão
Recife – R$ 7 milhões + R$ 368 mil
Salvador – R$ 17,79 milhões + R$ 773 mil
Fonte: Panrotas
Sem dúvida, é um avanço de ações inclusivas, haver lugares reservados em estádios, teatros, etc. Minha sugestão é que esses lugares sejam distribuídos pela platéia, ao invés de colocarem todos os cadeirantes juntos. E quando vamos com andantes, onde eles se sentam, longe de nós? É estacionamento de cadeiras de rodas?
Normas e leis já orientam a distribuição dos espaços para cadeira de rodas e sua intercalação com poltronas. O problema é que muitas vezes elas não são cumpridas corretamente.