Turismo Acessível. Porque viajar é um Direito!
Cerca de 45 milhões de brasileiros, 23% da população, tem alguma deficiência física; desse total, 13 milhões (7%) têm deficiência motora. Os dados são do último censo 2010 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). População que, é claro, tem poder de consumo e direito ao lazer. “É possível sim viajar, conhecer lugares e se divertir”, garante Ricardo Shimosakai, de 45 anos, empresário e consultor de turismo adaptado, cadeirante há 12 anos.
A afirmação dele tem por objetivo motivar, tanto a população deficiente a viajar, quanto os governos e empresários a investirem no setor, já que na prática, o turismo, de acessível, só tem leis. É o que exemplifica o casal Dannilo Ricardo Garcia, de 32 anos – cadeirante há 4 anos -, e Nara Roberta Cimetta, de 31. Namorados há um ano e meio, como todo casal apaixonado, decidiram viajar. Acontece que, apesar do lazer – e o ir e vir -, ser um direito Constitucional, o que eles perceberam foi o contrário.
“Turismo não é exatamente acessível”, detalha Nara, que foi a quatro agência de turismo de Campinas. E além de terem sido mal-atendidos – por agentes despreparados, mal-informados e desinteressados -, foram também incentivados a desistir da ideia de viajarem juntos. “Houve um agente que não sabia me dizer se o hotel do pacote oferecido era acessível ou adaptado. Ele me disse que era eu quem deveria ligar nos hotéis para saber ou procurar hospedagens adaptadas”, diz.
Ela ainda completa: “Uma ironia, porque, se eu estava procurando uma agência, era porque eu precisava de ajuda”, observa. Mas, como última tentativa, eles procuraram uma empresa sorocabana e felizmente conseguiram êxito. Vão para Fortaleza no próximo mês de julho, com vaga garantida em avião, hotel e passeios adaptados. “É que apesar da população deficiente ser expressiva, o que vemos é que existem algumas iniciativas isoladas, muitas necessitando apenas de organização. O que falta é um plano e vontade política de acessibilidade no turismo”, analisa Ricardo Shimosakai.
Pensando em promover a discussão em torno do assunto que o Sesc Sorocaba desenvolve neste mês de junho, dentro do projeto “Outras viagens e algo a mais”, uma série de bate-papos sobre acessibilidade e a inclusão de pessoas com deficiência e mobilidade reduzida no turismo. O objetivo é informar o panorama do turismo e a acessibilidade no Brasil e assim ampliar as linhas de estudos e educação da comunidade sobre o assunto.
Veja mais informações sobre a programação e os assuntos abordados, acessando o link a seguir Bate papo sobre turismo e acessibilidade com Ricardo Shimosakai no SESC Sorocaba
Fonte: Cruzeiro do Sul
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Muito interessante!! Nunca tinha pensado nisso, que temos direito de receber atendimentos acessíveis nas viagens. Se souber de algum site ou lista de agencias de turismo que ofereçam esse tipo de atendimento, seria muitoimportante divulgar.
Outro assunto, sou surda e sigo seu blog, e estou adorando as informações! Parabéns pelo seu trabalho.
Olá Roberta, a Turismo Adaptado também está realizando serviços de agenciamento de viagens. Estamos ampliando nossa estrutura para poder atender melhor, porém em comparação a agencias convencionais, já estamos muito bem, afinal eles não sabem oferecer praticamente nada. Estamos mais preparados para atender pessoas com deficiência física, mas também temos conhecimento, e estamos evoluindo para atender pessoas com deficiência auditiva, visual e intelectual.
Boa tarde Ricardo,
Aqui é a Jhuly da CVC de Poços de Caldas.
Você tem uma listagem de hotéis e/ou de passeios que possa me enviar???
Nunca atendi um cadeirante, mas já vendi grupos de cegos e surdos.
Mas se aparecer alguém, já vou estar preparada.
E você como está? Tudo certo?
Abraços!!!
Olá Jhuly, não é assim que trabalhamos. Afinal você está pedindo que forneça um enorme esforço de pesquisa feito por nós. Se você quiser podemos enviar roteiros de viagens, um descritivo que você pode oferecer, mas obrigatoriamente deve ser pedido para nós. Você é comissionada, seu cliente atendido com qualidade. Isso porque existe uma metodologia operacional para oferecer os locais e serviços, pois não são acessíveis a todos, é preciso saber encaixar a oferta acessível com a necessidade do cliente. Então se quiser, faça esse pedido através do email [email protected]. Beijos!