Tiro esportivo Paraolímpico. Na mira da inclusão, acertando na mosca.
O tiro estreou na Paraolimpíada de Toronto, em 1976. Na época somente os homens competiram. Já nos Jogos de Arnhem (1980), na Holanda, as mulheres entraram com tudo nas disputas inclusive nas provas mistas. Em 1984, as provas paraolímpicas mistas deixaram de existir, sendo retomadas em Barcelona. Na ocasião, a categoria mista voltou em substituição ao feminino. A volta dos três tipos de disputa aconteceu nos Jogos de Atlanta (1996). Nos Jogos Paraolímpicos de Sydney, em 2000, a disputa pelo ouro aconteceu entre homens, mulheres e nos confrontos entre ambos.
No Brasil, a modalidade começou a ser praticada em 1997, no Centro de Reabilitação de Polícia Militar do Rio de Janeiro. No ano seguinte, o País foi representado pela primeira vez em um torneio internacional, realizado na cidade espanhola de Santander. Em 2002, o Comitê Paraolímpico Brasileiro (CPB) investiu em clínicas da modalidade para sua difusão no Brasil. Os atiradores Carlos Strub, Cillas Viana e Walter Calixto conquistaram a medalha de bronze por equipe no Aberto de Apeldoorn, na Holanda, em 2003. Agora em Pequim será a primeira vez na história que o Brasil terá um representante em Jogos Paraolímpicos, com Carlos Garletti.
O tiro exige precisão apurada. O Comitê de Tiro Esportivo do Comitê Paraolímpico Internacional (IPC) é responsável por administrar a modalidade. As regras das competições têm apenas algumas adaptações. Pessoas amputadas, paraplégicas, tetraplégicas e com outras deficiências locomotoras podem competir tanto no masculino como no feminino.
As regras variam de acordo com a prova, a distância, o tipo do alvo, posição de tiro, número de disparos e o tempo que o atleta tem para atirar. Em cada competição as disputas ocorrem numa fase de classificação e numa final. As pontuações de ambas as fases são somadas e vence quem fizer mais pontos. O alvo é dividido em dez circunferências que valem de um a dez pontos e são subdivididas, cada uma, entre 0.1 e 0.9 pontos. A menor e mais central circunferência é a que vale mais, dez pontos. Sendo assim, o valor máximo que pode ser conseguido é de 10.9.
A tecnologia está sempre presente na modalidade. Durante os Jogos Paraolímpicos, os alvos são eletrônicos e os pontos são imediatamente projetados num placar. Nem as roupas e as armas utilizadas fogem da evolução tecnológica. Há uma diferença das vestimentas nas provas para cada tipo de arma. Nas competições de rifle, por exemplo, é necessário usar uma roupa com a espessura estipulada pela ISSF. Em eventos de pistola, os atiradores só são obrigados a usar sapatos especiais feitos de tecido, que dão mais estabilidade aos atletas.
Rifles e pistolas de ar, com cartuchos de 4.5mm, são utilizados nas provas de 10 metros de distância. Já nos 25 metros, uma pistola de perfuração é utilizada com projéteis de 5.6mm. Rifles de perfuração e pistolas são as armas das provas de 50m, também com as balas de 5.6mm de diâmetro. No Brasil, a modalidade é administrada pelo Comitê Paraolímpico Brasileiro.
Classificação
A classificação do Tiro é dividida em três classes principais:
- SH1: Atiradores de Pistola e Rifle que não requerem suporte para a arma.
- SH2: Atiradores de Rifle que não possuem habilidade para suportar o peso da arma com seus braços e precisam de um suporte para a arma.
- SH3: Atiradores de Rifle com deficiência visual.
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Fonte: CPB
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Pratiquei Tiro Esportivo nos anos 2000 até 2004. Modalidade Pistola de Ar 10m.
Um esporte caro mas que permite a inclusão no esporte para portadores de necessidades especiais. Competi em várias cidades brasileiras e pude desfrutar da companhia de pessoas maravilhosas que sempre se dispuseram a ajudar. Lembranças ao pessoal da ADDG, clube que me permitiu treinar e competir.
Considero o esporte uma das melhores ferramentas de inclusão. Já fui atleta, e essa fase me ajudou demais. Por isso valorizo o esporte, e gostaria de voltar a praticar, seja ele qual for.