Sem limites para empreendedores com deficiência. Eles superaram as restrições físicas e criaram negócios de impacto, capazes de melhorar a vida de quem tem necessidades — e desejos — especiais
LIBERDADE PARA SONHAR
Aos 33 anos, o paulistano Ricardo Shimosakai ficou paraplégico depois de levar um tiro em um sequestro relâmpago. Durante o processo de adaptação à vida de cadeirante, começou a jogar tênis de mesa: o hobby o levou a participar de competições no Rio de Janeiro (RJ), Goiânia (GO) e Curitiba (PR). “Foi por meio do esporte que resgatei meu prazer em desbravar o mundo”, diz Shimosakai, hoje com 47 anos. Ao viajar para competir, ele se deu conta dos desafios que as pessoas com necessidades especiais enfrentam nesse tipo de situação. “Tive a ideia que criar uma operadora que customizasse viagens para turistas com demandas específicas”, diz Shimosakai, que fundou a Turismo Adaptado em São Paulo, em 2010. De acordo com a necessidade do cliente, ele procura fornecedores especializados. “Dependendo do caso, viajo ao destino para orientar os operadores locais”, diz o empreendedor. No Brasil, cidades como Socorro (SP), Bonito (MS) e Foz do Iguaçu (RS) estão entre as mais procuradas. “Meu maior prazer é poder proporcionar acessibilidade, para que meus clientes realizema viagem dos sonhos.”
OUTRAS PALAVRAS
Em 2009, o linguista Éden Veloso, 39 anos, levantou o capital de que precisava para abrir seu primeiro negócio, a editora Mão Sinais, em Curitiba (PR).
VISÃO DE IMPACTO
Uma doença degenerativa fez com que Fernando Botelho, 45 anos, perdesse a visão na adolescência. Em 2010, fundou, ao lado da mulher, Flávia de Paula, 41, a F123.
CAMINHO LIVRE
Márcio Barbosa, 59 anos, comandava uma empresa do segmento de mármores em São Paulo (SP) quando foi vítima de um atropelamento, no qual perdeu a perna direita, em 1992. Em 2013 fundou a Multirampa, uma fábrica de rampas moduladas e dobráveis.
ACESSÓRIOS SOB MEDIDA
Os amigos Renato Laurenti, 52 anos e João Pacheco, 60, em 2008 se juntaram para fundar em São Paulo a loja virtual ComoIR!.
UMA SEGUNDA CHANCE
Trazer para o país um tratamento pioneiro para pessoas que sofreram lesões na medula: essa foi a motivação de Felipe Costa, 27 anos, e Fernanda Fontenele, 28, para abrir o centro de reabilitação Acreditando em São Paulo, em 2010.
ALÉM DAS COTAS
Três meses depois do acidente de moto que a deixou paraplégica, a educadora física Carolina Ignarra, 36 anos, foi convidada a retornar ao trabalho. Em 2008, ela resolveu se desligar da consultoria para fundar a Talento Incluir, ao lado da amiga Juliana Ramalho, 37 anos
Fonte: PEGN
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O MUNDO DA ACESSIBILIDADE É ILIMITADO!