Secretaria de Desenvolvimento Social e Direitos Humanos solicita acessibilidade em eventos do Funcultura
A secretaria de Desenvolvimento Social e Direitos Humanos, Laura Gomes, solicitou à Secretaria Estadual de Cultura, que colocou nos novos editais 2012 do Fundo Pernambucano de Incentivo à Cultura – Funcultura, a implantação de um plano de acessibilidade nos eventos culturais e artísticos realizados em Pernambuco.
De acordo com Laura, foi determinado que a Superintendência Estadual de Apoio à Pessoa com Deficiência – SEAD, vinculada à pasta que coordena, desse atenção especial ao processo de tornar acessível todos os grandes eventos artísticos e culturais do Estado. A secretária lembrou que no ano passado, a SEDSDH desenvolveu várias atividades, contemplando este público, por meio do projeto “Camarote da Acessibilidade”.
“A SEDSDH investiu cerca de R$ 250 mil na instalação de rampa de acesso, corrimão, piso adaptado no Camarote da Inclusão – Galo da Madrugada, no carnaval do Recife; Camarote da Acessibilidade de Caruaru, durante o São João; Festival de Inverno de Garanhuns; 13ª Festa da Estação, em Gravatá; 11º Festival Arte e Cultura – Jardim Cultural, em Belo Jardim e Espetáculo Ópera Áreas Sagradas, em Caruaru”, disse Gomes.
Na avaliação de José Diniz, presidente do Conselho Estadual de Defesa dos Direitos da Pessoa com Deficiência, a medida possibilitará que as pessoas com deficiência tenham acesso à cultura. Segundo ele, a iniciativa integra essa parte da população que muitas vezes é esquecida. Além disso, permite que elas possam aproveitar de maneira eficaz e segura a um show, peça de teatro, espetáculo circense, etc.
INVESTIMENTO – Os dois editais (Independente e Audiovisual), ao todo, injetarão o aporte de R$ 33,5 milhões na produção cultural do Estado. A novidade é que a partir deste ano, os projetos enviados à Fundarpe precisam contemplar as pessoas com deficiência, em suas múltiplas especificidades, seja auditiva, visual motora ou intelectual. As inscrições acontecem de 16 de janeiro a 27 de fevereiro, na Fundação do Patrimônio Histórico e Artístico de Pernambuco (Fundarpe).
Fonte UEEPAA Notícias
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Se não for feita uma campanha nacional, urgente, para conscientização da população sobre o
drama abaixo, perderemos, no mínimo mais 2 gerações de meninos e meninas, confinados
em suas barracas, vislumbrando o nada, acuados pelo preconceito.
A Toda Sociedade Brasileira.
Abaixo, manifesto nacional por melhoria da condição de um povo com o estigma doloroso de vidas – 800000 pessoas, 90% analfabetos, segundo o IBGE – relegadas ao abandono e à execração pública diária. Resolvemos apelar para a compaixão e a responsabilidade civil de todos os segmentos da sociedade, por puro cansaço de anos de tentativa inglória de amenizar a dor do despertencimento.
Estamos enviando-lhes este manifesto de pedido de socorro imediato ao Povo Cigano, para que todos se sensibilizem e interfiram junto aos órgãos competentes, para incluí-los nas políticas públicas de saúde, educação, erradicação da miséria e de comportamentos preconceituosos que causam tanto sofrimento a esses seres à margem da vida.
Nós, voluntários do Conselho dos Direitos da Criança e do Adolescente, APAC, Casa de Passagem, e na cidade de Viçosa, Minas Gerais, além do Forum Mundial Social – Mineiro e diversas outras entidades requeremos as medidas emergenciais de inclusão destes brasileiros, cujos 90% já nascem massacrados pelo fardo vitalício da dor do aviltamento e segregação atávica em nossa sociedade, desabrigados que são da prática do macroprincípio da dignidade da pessoa humana, telhado da Constituição.
Cliquem no link abaixo, no artigo da SEPPIR, que confirma a situação deles:
http://noticias.r7.com/brasil/noticias/falta-de-politicas-publicas-para-ciganos-e-desafio-para-o-governo-20110524.html
Se nosso país tornou-se referência em crescimento econômico, certamente conseguirá sê-lo também em compaixão e acolhimento
dessa causa universal.
DE GENTE ESTRANHA,em caravana.
Dolorosamente incômoda.
Ciganos. Descobrimos, perplexos, que suas famílias são excluídas dos programas de bolsa-família, saúde, educação, profilaxia dentária, vacinas etc. Sua existência se torna mais dramática, pois não conseguem os benefícios do governo por não terem endereço fixo. Segundo o IBGE, são cerca de 800.000, 90% analfabetos. E é dessa parcela excluída de que trata esse Manifesto.
Há seis anos, resolvemos visitar um acampamento temporário de ciganos, perto de nossa cidade.
E o que vimos foi estarrecedor: idosas, quase cegas, com catarata. Pais silenciosamente angustiados, esperando os filhos aprenderem a ler em curto espaço de tempo, até serem despejados da cidade. Levamos ao médico crianças que “tinham problema de cabeça”. E eram normais. Apenas sofriam um tipo diferente de bullyng, ignoradas, invisíveis que são. E descobrimos também que os homens, em sua maioria, jamais saem das barracas, onde ficam fazendo escambo, artesanato- e não entram em farmácias, supermercados, lojas, pois entendem que a sociedade incluída só não bate em mulheres e crianças. Vimos chefes de família com pressão altíssima e congelados pelo medo de deixarem os seus ao desamparo.
Vida itinerante. Numa bolha, impermeável. Forasteiros no próprio país. Dor sem volta. Passamos a visitar todos acampamentos que encontramos. E a conviver com o drama de mulheres grávidas, anêmicas e sem enxoval. Crianças analfabetas aos dez, onze anos. E os que se aventuram a se fixar, a ter endereço , são expulsos pela própria comunidade que não conhece seu drama ou pelos donos do imóvel, quando os descobrem ciganos.
Como pessoas reféns do analfabetismo, execradas publicamente todos os dias de suas vidas, amordaçadas pelo preconceito e com filhos para alimentar conseguirão lutar por algo? Vide a Pirâmide de Maslow. Quem tem que gritar somos nós. Para eles não sobra tempo de aprender o ofício da libertação, já que são compulsoriamente nômades – sempre partem porque os donos dos terrenos ou algum prefeito pressionado expede a ordem de saída.A gente descobre, atordoada, que desde a primeira diáspora, quando passaram a viver à deriva, sempre expulsos, eles vivem numa cápsula do tempo. Conservam os mesmos hábitos daquela época, ou seja, sociedade patriarcal, vestuário, casamento prematuro, a prática de escambo e a mesma língua dos antepassados. Tudo isto porque essa parcela (90%) NÃO PARTICIPA DAS TRANSFORMAÇÕES DA CIVILIZAÇÃO. Jamais tem acesso às benesses das pesquisas tecnológicas e científicas, aos programas governamentais de erradicação da miséria, às celebrações civis agregadoras ou sequer a proposta de ao menos um olhar de compaixão. Este é o maior desafio de nossos governantes: nenhuma ação será eficaz se não for deflagrada, JÁ, uma
Campanha Nacional de Esclarecimento, conclamando a população a não discriminá-los em atendimento médico, escolas, estabelecimentos
comerciais, repartições públicas, vias públicas, etc.
ENQUANTO HOUVER NA TERRA SERES HUMANOS IMPEDIDOS DE SUPRIR SUAS NECESSIDADES BÁSICAS E DESTITUÍDOS DO SAGRADO DIREITO À LIBERDADE, AO CONHECIMENTO, À INSERÇÃO, ESTAREMOS, JUNTOS, APRISIONADOS PELO
FLAGELO DA OMISSÃO.
Agradecemos a todos que se sensibilizarem com essa causa.
Profª.Bernadete Lage Rocha
[email protected]
031-88853369
Voluntariado:APAC – Viçosa-MG
Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente
Conselho de Segurança Alimentar