Logo que aconteceu o acidente de Michael Schumacher no fim do ano passado, Philippe Streiff foi visitar o alemão no Centro Hospitalar Universitário de Grénoble, perto de onde o ex-piloto de F1 mora. Paraplégico depois de um acidente em um teste em Jacarepaguá há 25 anos, o francês foi o autor à época de uma das declarações que mais repercutiram a respeito de Schumacher: de que ele poderia ficar paralisado e ter a fala afetada.
Mais de dez meses após aquelas palavras, Streiff voltou a falar. O diagnóstico é praticamente o mesmo, mas impressionante no modo como o francês se expressou de forma direta. “Schumacher está melhor, mas isso é relativo. Ele não fala. Ele está paralisado e em uma cadeira de rodas. Ele tem problemas de memória e de fala”, reiterou Streiff em entrevista à rádio Europe 1
Schumacher sofreu um grave acidente no dia 29 de dezembro de 2013, quando esquiava na estação de Méribel, nos Alpes Franceses. O germânico estava esquiando fora de pista, uma modalidade bastante popular entre atletas mais experientes, quando caiu e bateu a cabeça em pedra.
Nas estações de esqui, máquinas percorrem as pistas para remover pedras e árvores e compactar o gelo. Fora de pista, entretanto, o terreno está em suas condições normais, com neve mais fofa, árvores e pedras.
Após o acidente, Michael foi resgatado de helicóptero e transferido para o Centro Hospitalar Universitário de Grénoble, na França, onde ficou por quase seis meses. Em meados de junho, o ex-piloto foi transferido para o Hospital Universitário de Cantão de Vaud, na Suíça, para dar sequência ao seu processo de recuperação mais próximo da casa da família.
Logo após o acidente, Schumacher precisou passar por duas cirurgias para a remoção de hematomas e para diminuir a pressão intracraniana. O germânico passou um mês em coma induzido antes de a sedação ser suspensa, mas não despertou de imediato.
No início de setembro, a assessoria de imprensa de Schumacher afirmou que o quadro do germânico progrediu a um ponto que o permitia ir para casa. Sabine Kehm ressaltou, entretanto, que a transferência não deveria ser entendida como uma “grande mudança em seu estado de saúde”.
Desde então, pouco se soube oficialmente sobre a condição de Michael. A última manifestação da família aconteceu no último dia 13, por ocasião do aniversário de 20 anos da conquista do primeiro título do heptacampeão na F1, mas se limitou a um agradecimento pelo carinho dos fãs.
Fonte: Grande Prêmio