Os albergues ainda têm muito o que melhorar, e um dos pontos mais necessários é a questão da acessibilidade, quase inexistente. Dos cinco albergues visitados pela reportagem, o único que tem um quarto com banheiro adaptado para pessoas com cadeira de rodas é a unidade de Pinheiros do Okupe. Para chegar a área de lazer há uma ampla rampa.

Já a unidade do Okupe na Vila Mariana não recebe cadeirantes. Deborah Cavalieri, dona do HI Sampa Hostel, na Vila Madalena, diz que o seu albergue passará por uma reforma no ano que vem – porque agora é época de a alta temporada – e pelo menos um dos quartos será totalmente adaptado, assim como o banheiro. O HI Downtown também não é adaptado.

No Casa Club, para chegar aos quartos é preciso subir uma escada. Leo Gomes, um dos sócios, diz que o “hostel” está em reforma e que os donos pensam em adaptar, “mas por enquanto o espaço físico não permite”. No Gol Backpackers, a escada fica do lado de fora. “Não conseguimos adaptar a casa”, afirma Alan Nicoliche, um dos sócios do local. “Mas pensamos em fazer um “hostel” adaptado futuramente, numa próxima unidade.”

A reportagem da Folha telefonou para outros albergues paulistanos para saber se um cadeirante poderia se hospedar na unidade. A situação é a mesma. O LimeTime, na Bela Vista, não recebe cadeirantes. A funcionária do HI Praça da Árvore informou que há dois quartos no piso térreo e que o albergue pode receber cadeirantes, embora não seja adaptado. Não tem, por exemplo, um item importante: barras no banheiro.

Inaugurado há oito meses na Vila Mariana, O 3Dogs também não é adaptado. “Infelizmente aqui tem muita escada”, afirma Vinicius Romão, dono do Oca Hostel, na Vila Mariana. No mesmo bairro, situação semelhante no Global Hostel: sem acesso. O Olah Hostel também não tem.

“Nós não temos esse acesso, mas é uma preocupação que temos e vamos melhorar”, disse Yuri Silva, recepcionista do Vila Madalena Hostel. No Sumaré, o Saci Hostel, inaugurado em abril deste ano, também não tem nenhum quarto adaptado.

Fonte: Folha.com  

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