Os jogos da Paralimpíada começam amanhã e dentre os 4,3 mil atletas não há nenhum surdo. Isso porque os atletas com deficiência auditiva têm sua própria competição, a Surdolimpíada (Deaflyympics), a próxima edição acontece em julho de 2017 na Turquia.

Acontece que o Comitê Internacional de Desportos de Surdos (ICSD) não é filiado ao Comitê Olímpico Internacional (COI) e nem ao Comitê Paralímpico Internacional (IPC).

A presidente da Confederação Brasileira de Desportos de Surdos (CBDS), Deborah Dias, acredita que o fato da competição ser realizada de forma separada traz menos visibilidade e dificulta a conquista de patrocinadores. “Com essas dificuldades, os surdoatletas, quando não estão motivados, acabam desistindo de seus sonhos. Outros conseguem realizar, arcando com as despesas de treinamento e das competições de seu próprio bolso e de doações de alguns amigos e familiares”.

Entretanto, a Deborah acredita que não haverá a integração dos atletas surdos na Paralimpíada já que os competidores não teriam como competir e interagir com os outros atletas sem o auxílio dos intérpretes. Além do fato da restrição no número de competidores

“Se a Paralimpíada tivesse de absorver os cerca de 2,5 mil surdoatletas que participam dos jogos Surdolímpicos, poderia haver cortes em modalidades esportivas de atletas com outras deficiências, prejudicando tanto os paratletas quanto os surdoatletas”, conclui Deborah.

Fonte: Panrotas

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