
Remo adaptado. A mais nova modalidade do quadro de esportes paraolímpicos.
Nos anos 80, a Superintendência de Desportos do Rio de Janeiro (SUDERJ) iniciou um programa da reabilitação com o remo, que foi batizado de “Remo Adaptado”. Pessoas com deficiência física (lesão medular, pólio e paralisia cerebral), mental e mais tarde deficientes auditivos se beneficiaram do programa. Além da reabilitação e lazer, o objetivo era melhorar a qualidade de vida, por meio da inserção social e dos benefícios à saúde, ambos oriundos da prática esportiva.
Em 2001, a Federação Internacional de Remo (FISA) solicitou, formalmente, ao Comitê Paraolímpico Internacional (CPI), a inclusão do remo nos Jogos Paraolímpicos de 2008. Antes porém era preciso realizar dois campeonatos mundiais de remo adaptável, até 2005, e conseguir a participação de 24 nações em eventos adaptáveis no campeonato mundial de 2004. No Campeonato Mundial de Remo de 2002, sete tripulações de diferentes nações competiram. Ainda em 2002 foi assinado o Protocolo de Remo Adaptável de Sevilha, onde a FISA e 36 de suas filiadas (Federações Nacionais, inclusive o Brasil) se comprometeram a desenvolver oportunidades para atletas com deficiência poderem remar e a inscrever tripulações formadas por atletas com deficiência no Mundial de 2004. Pelo menos mais seis Federações Nacionais assinaram o Protocolo, desde aquela data. Com este novo panorama mundial, em julho de 2005 a CBR reativou seu Departamento de Remo Adaptável. O Brasil foi representado em Pequim por nove atletas, onde Elton Santana e Josiane Lima conquistaram a primeira medalha do país no remo. Os remadores levaram a medalha de bronze da prova do skiff duplo misto, classe TA.
O Remo é o caçula das modalidades do quadro de esportes paraolímpicos. Ele entrou no programa em 2005 e os Jogos Paraolímpicos de Pequim vai ser a estréia em uma paraolimpíada. O termo “adaptado” quer dizer que o equipamento é modificado para a prática do esporte e não propriamente “adaptado” a cada atleta. A Federação Internacional de Remo (FISA) é o órgão máximo do Remo mundial. As corridas são realizadas num percurso de 1000 metros para todas as quatro classes. No Brasil, a modalidade é organizada pela Confederação Brasileira de Remo (CBR).
Classificação
São quatro categorias de competição: Single Skiff Masculino, Single Skiff Feminino, Doublé Skiff Misto Quatro Com Misto. Cada uma delas pode ser composta por atletas com diferentes tipos de deficiências que são classificados de acordo com a capacidade funcional empregada:
A – Grupamento funcional utilizado: braço.
TA – Grupamento funcional utilizado: tronco e braço.
LTA – Grupamento funcional utilizado: perna, tronco e braço.
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Fonte: CPB
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