De acordo com a organização, o Prémio Acessibilidade Integrada (física, social, intelectual) foi entregue ao Parque Biológico da Serra da Lousã, o Prémio Acessibilidade Física foi para o Grupo Dançando com a Diferença, e o Prémio Acessibilidade Social foi entregue, ex-aequo, à companhia Comédias do Minho e à Sociedade Artística de Pousos, distrito de Leiria.

Foram ainda atribuídas seis menções honrosas: D´Orfeu Associação Cultural – Projeto opÁ! – Orquestra de Percussão de Águeda, Fundação Serralves e Associação Laredo – Projeto Serralves em Língua Gestual Portuguesa, Há Festa no Campo/Aldeias Artísticas, Museu de Leiria, Orquestra de Câmara Portuguesa – Projeto Notas de Contacto/OCP Solidária, Parques de Sintra Monte de Lua – Projeto Aplicação Talking Heritage.

Os prémios também visam, segundo a organização, criar uma maior exigência junto dos públicos, com vista à melhoria da acessibilidade nas instituições culturais.

Para a escolha da entrega do Prémio Acesso Cultura — Acessibilidade integrada (física, social, intelectual) ao Parque Biológico Serra da Lousã, o júri destacou que o projeto “apresenta práticas de excelência de integração e de acessibilidade social”.

“Trata-se de um parque temático, inovador, que associa a biofilia, o património natural e cultural da região, o turismo, a inclusão laboral de pessoas com deficiência, doença mental e desempregados de longa duração”, sublinha.

Quanto ao Prémio Acesso Cultura — Acessibilidade Física, entregue à Associação dos Amigos da Arte Inclusiva – Grupo Dançando com a Diferença (Madeira), o júri destacou o “trabalho pioneiro em Portugal, que teve reflexos no âmbito das instituições que têm como foco a intervenção com pessoas com deficiência e, mais tarde, no tecido artístico e cultural do país, de uma forma generalizada”.

O Prémio Acessibilidade Social foi partilhado pela Comédias do Minho — Associação para a Promoção de Atividades Culturais no Vale do Minho, e pela Sociedade Artística Musical dos Pousos (Leiria).

Sobre as Comédias do Minho, o júri destacou que esta companhia “leva o teatro às aldeias, num esforço de acessibilidade cultural, inédito no território, num registo de enorme proximidade”.

“Criou uma ampla rede cultural que envolve políticos, técnicos culturais, agentes territoriais, artistas amadores, agentes educativos, jovens que colaboram ou são formadas no projeto, em várias camadas de relação com a prática artística”, acrescenta.

A Sociedade Artística Musical dos Pousos, por seu lado, “consolida o reconhecimento e integração da diferença de pessoas sujeitas à exclusão devido a fatores físicos ou sociais”, segundo o júri.

“Promove o encontro através da educação, da prática e da fruição artísticas, nomeadamente da música e das artes performativas, em espaços formais ou informais, ao trabalhar com comunidades sujeitas à exclusão, como a comunidade cigana, os reclusos, e também em centos hospitalares, com programas diferenciados dirigidos a doentes em diferentes terapêuticas e patologias”, justifica o júri.

O júri dos prémios foi composto pela representante em Portugal da direção da European Network of Accessible Tourism (Rede Europeia de Turismo Acessível), Ana Garcia, pela museóloga Graça Santa-Bárbara, responsável pela comunicação do Museu Nacional dos Coches, associada da Acesso Cultura, e pela bailarina Marta Silva, diretora do Largo Residências.

Fonte: RTP

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