“Possibilidades de Ver”. Oficina de Máscaras aproxima deficientes visuais da arte.
Por parte do próprio participante, a oficina propõe a confecção de máscaras para a modelagem de sua auto-imagem em gesso. “Possibilidades de ver” convoca os outros sentidos, que não o da visão, na realização coletiva da atividade.
Conduzida a partir do processo de áudio-descrição, inspiração que serviu a esta proposta, de fato surgida a partir de uma visita a exposição Gabinete Fluidificado do artista Mário Ramiro, com auxílio do método apresentado sob o acompanhamento da gestora para assuntos de acessibilidade do CCSP, Maria Helena Chenque. Ramiro é convidado da IV Mostra do Programa de Fotografia 2012/2013 pela curadoria de artes visuais, em cartaz até 25/8 no piso expositivo Flávio de Carvalho.
Desde que notório a falta de algo prático no ato de “sentir” outras maneiras de visitar uma exposição, escolhemos um objeto em exibição, o foto-livro chamado “Livro das Máscaras”, para desenvolver formas novas de pensamento e percepção acerca dos modos de ver arte.
Baseando-se na realidade de que as mostras de arte tem seu acesso estritamente circunscritas ao âmbito visual; por meio desta oficina aqui apresentada como ideia, nossa intenção é ativar impressões simbólicas além do espaço expositivo de Gabinete Fluidificado- e questionar as motivações e pretensões de torná-las acessíveis àqueles que não enxergam- o que geralmente é feito com a manipulação de material tátil fornecido institucionalmente como um modelo já pronto e fechado para a imaginação.
A dinâmica da oficina consiste em se criar um percurso de visita específico à exposição mencionada, assumindo experimentalmente que utilizaremos os recursos possíveis de áudio-descrição encontradas na mostra Gabinete Fluidificado de Mário Ramiro, quando moldaremos máscaras diretamente sobre as faces uns dos outros, para o grupo ao final poder senti-las como a criação de um conjunto colaborativo. O curioso é notar que a palavra IMAGEM vem do latim imago; o que significa representação, imitação: as máscaras na antigüidade eram geralmente feitas de cera e/ou gesso, e manuseadas a partir de um modelo de semblante, cópia das feições de um rosto.
Aos interessados: público entusiasmado em geral com a proposta, estudantes de arte, artistas em formação (videntes e pessoas com deficiência visual).
É preciso trazer os seguintes materiais: gaze gessada e/ou gaze normal, gesso, vaselina, tesoura, bacia, toalha de rosto.
Quando e onde: dia 15/8 (quinta-feira), das 14h as 17h e dia 17/8 (sábado) das 10h as 12h na Sala das Oficinas do CCSP (junto ao Espaço Missão).
Inscrições até o dia 13/8 (terça-feira): pelo e-mail [email protected] vagas limitadas.
Coordenação: Maria Helena Chenque (Gestão de Acessibilidade)
Orientação: Diana Tsonis (Curadoria de Artes Visuais)
Colaboração: Biblioteca Louis Braille do CCSP
Fonte: CCSP
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