Pessoas com deficiência e a inclusão nas Micro e Pequenas Empresas

por | 28 ago, 2013 | Turismo Adaptado | 0 Comentários

Eles formam um contingente significativo de trabalhadores, potenciais empreendedores e consumidores, porém, ainda pouco inseridos no universo das micro e pequenas empresas (MPEs). Para melhorar essa situação, o Sebrae-SP, em parceria com a Secretaria do Estado dos Direitos da Pessoa com Deficiência, lançou o projeto Sebrae Mais Acessível, de incentivo à contratação de pessoas com deficiência pelas MPEs e a atuação delas como empreendedoras, além de divulgar informações para que os pequenos negócios se adaptem para receber esse público.

“O intuito é atuar frente à resistência do mercado em contratar esses profissionais, promover a inclusão junto aos empresários e ampliar a empregabilidade, já que a lei de cotas, que obriga as empresas com 100 ou mais funcionários a preencherem de 2% a 5% dos seus cargos com beneficiários reabilitados ou pessoas com deficiência, não atinge os pequenos negócios”, diz Bruno Caetano, diretor-superintendente do Sebrae-SP.

A secretária de Estado dos Direitos da Pessoa com Deficiência, Linamara Rizzo Battistella, destaca a importância da conscientização. “A maioria das empresas no País é de pequeno porte e o objetivo só será alcançado quando os empresários enxergarem que vale a pena e é importante investir no profissional com deficiência.”

A gestora do projeto Sebrae Mais Acessível, Ana Paula Peguim, destaca uma frase comum às pessoas com deficiência: “Não é a deficiência que me impede de abrir e manter a minha empresa, mas a falta de informação”. Exemplo disso é a história do empresário Ricardo Shimosakai, da Turismo Adaptado.

O agente de viagens ficou paraplégico ao reagir a um sequestro relâmpago, em 2001, em São Paulo. Ele conta que a adaptação à nova realidade (de cadeirante), a busca por um emprego e a procura pela graduação em turismo ocorreram ao mesmo tempo.

Antes de ser empreendedor, ele teve muita dificuldade em manter-se contratado. “Muitas companhias em que eu passava não eram adaptadas, então era mais fácil me descartarem do que se reciclarem”, afirma. “Minha empresa começou em paralelo ao trabalho que tinha na época, em uma multinacional de telecomunicações. Quando percebi que o mercado poderia aceitar a ideia de oferecer viagens para as pessoas com deficiência procurei o Sebrae-SP que me orientou na formalização e gestão.” O negócio não tem sócio nem funcionários.

Os serviços são feitos por parcerias. Shimosakai é o consultor do roteiro acessível que varia conforme o perfil do viajante. O destino pode ser nacional ou internacional e o estilo, tranquilo, como um passeio pela cidade de Gramado (RS) ou mais radical, para os ligados em esportes, como rafting, em Bonito (MS).

“Além da rota ofereço o programa de implementação de acessibilidade – um check-up feito com as empresas que irão receber o turista. Penso em todos os detalhes: hotéis, traslado, seleção de passeios e orientação e escolha dos guias”, explica.

Esta matéria foi publicada no Jornal de Negócios do Sebrae-SP, ano XIX, número 233, agosto de 2013, páginas 4 e 5. Para ver o texto completo, onde são citados também o Salão de Beleza de Paula Elias e a Talento Incluir de Carolina Ignarra, faça o download  Jornal de Negocios Sebrae – MPE receptiva a pessoas com deficiência é bom negócio

Fonte: Sebrae

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