Um projeto de acessibilidade em alguns dos principais equipamentos turísticos do Recife vai minimizar um grave problema da cidade: as más condições das calçadas. Pelo menos nas três rotas escolhidas pela Secretaria de Turismo, Esportes e Lazer de Pernambuco, onde, além de recuperação do passeio, estão sendo construídas rampas de acesso, pisos táteis, travessia elevada (para facilitar o deslocamento de cadeirantes) e sinalização vertical e horizontal.

A primeira rota abrange a Rua do Bom Jesus, o Marco Zero e a Torre Malakoff, no Recife Antigo. A segunda inclui a Praça da República e a Casa da Cultura, no bairro de Santo Antônio. Na terceira, está o Mercado de São José, no bairro de São José. No total será investido R$ 1,3 milhão no projeto, recursos do Ministério do Turismo.

No momento, é possível ver equipes trabalhando em todo o entorno da Casa da Cultura, incluindo a Rua Floriano Peixoto (onde o passeio está recebendo pedras portuguesas), e na calçada da Praça do Arsenal. De acordo com a secretaria, ainda nesta semana serão iniciadas as obras no Mercado de São José e a previsão é de todas as rotas estarem concluídas até o final do ano.

O secretário da pasta, Felipe Carreras, explica que o programa estava previsto para a época da Copa do Mundo, mas, por algum motivo que desconhece, não foi executado a tempo. “Quando assumi, consegui destravar os recursos, licitar e dar a ordem de serviço. O centro do Recife é, indiscutivelmente, o local mais visitado por turistas e essa é uma obra inclusiva, que mostra a preocupação do poder público com a acessibilidade. Ela permite que turistas com deficiência contemplem os atrativos do Recife”.

Quem passa nessas áreas aprova o serviço, mas convida a prefeitura a fazer a sua parte. “É boa essa obra, pelo menos quem vem de fora vai ver esse pedacinho e achar tudo lindo, mas turista não fica só nessa área. As calçadas do centro são péssimas, sobretudo para quem tem problema de locomoção. Além dos buracos são ocupadas por lojistas e ambulantes”, observa a funcionária pública Verônica Zamorano, 51.

O comerciante Eudes Vieira reforça: “Em ruas centrais como a Tobias Barreto e Avenida Dantas Barreto a gente só anda pela rua, porque as calçadas são ocupadas. Quando não tem buraco tem ambulante. A prefeitura devia ver isso”. Outro projeto do tipo está previsto para a orla de Boa Viagem, na Zona Sul da capital.

Fonte: jc online

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