Para paulistano, cidade piorou nos últimos 4 anos. O ítem acessibilidade recebeu a pior avaliação.
Queixa sobre barulho cresce e falta de acessibilidade é a mais criticada. Dos 27 itens avaliados pelos entrevistados na pesquisa Datafolha, nota dada a 22 deles foi menor que em 2008.
Lixeiro, caçamba, obra no vizinho. É muito barulho até altas horas na al. Barros, em Santa Cecília, centro de São Paulo, reclama a professora de ioga Marina Bendinelli.
E não é só: os mendigos que dormem na calçada conversam até tarde e, logo às 5h, ligam o rádio em volume alto. Durante o dia é o barulho do trânsito que atrapalha. Mas não é só em Santa Cecília que isso acontece.
Pesquisa Datafolha identificou que o barulho nas ruas foi o que mais piorou na cidade desde março de 2008.
De 27 itens, a avaliação do paulistano em relação ao seu próprio bairro piorou em 22. Nos demais, a avaliação também caiu, mas em índices estatisticamente irrelevantes. Ou seja, não piorou nem melhorou, ficou na mesma.
O silêncio das ruas não era exatamente uma coisa bem avaliada pelo paulistano. A nota média em 2008 era 5,3, numa escala de zero a dez. Se fosse uma nota escolar, “passaria raspando”. Agora, a nota caiu para 4,1: reprovação na certa, sem dó.
“Eu concordo. O barulho piorou mesmo”, diz Marina.
RANKING
No ranking do que mais piorou na cidade nesses quase quatro anos aparecem, depois do barulho, trânsito, enchentes e condições de moradia.
Esses são os problemas que mais pioraram nos últimos quatro anos. Mas não são os maiores problemas da cidade. O item com pior avaliação é a acessibilidade das ruas para deficientes físicos, que recebeu nota média 2,7. Em março de 2008, a nota era 2,9.
A piora na avaliação dos problemas da cidade tem relação direta com a queda na avaliação do prefeito Gilberto Kassab (PSD), analisa o cientista social José Renato de Campos Araújo, professor do curso de gestão de políticas públicas da USP Leste.
“Chegando no final do segundo mandato a população pode estar com mais má vontade em relação ao prefeito.”
Entre os itens pesquisados pelo Datafolha, no entanto, não há questões apenas relacionadas à ação da prefeitura. Pergunta-se, por exemplo, qual é a opinião do morador em relação ao número de escolas particulares (nota 5,9, queda de 0,4 sobre 2008).
Fonte: Folha de São Paulo
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2 Comentários
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Audrey Rollo no 2 de janeiro de 2012 a partir do 11:23 am
Lamnetável, porém corretíssima esta baixa e declive avaliação..
São Paulo é uma cidade de barreiras arquitetônicas impostas por projetos equivocados, e também executados inadequadamente, por falta de conhecimento, de manutenção e principalmente FISCALIZAÇÃO, do projetado e efetivamente executado.
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Lamnetável, porém corretíssima esta baixa e declive avaliação..
São Paulo é uma cidade de barreiras arquitetônicas impostas por projetos equivocados, e também executados inadequadamente, por falta de conhecimento, de manutenção e principalmente FISCALIZAÇÃO, do projetado e efetivamente executado.
Apesar de considerar São Paulo, a cidade mais acessível de nosso país, há muito o que ser feito. Penso que é preciso um planejamento, pois as iniciativas acontecem isoladamente. Baseados nisso podemos tirar uma base do nível de acessibilidade em outras cidades brasileiras