Paço dos Duques de Bragança está mais acessível e inclusivo para se tornar a Capital Européia da Cultura 2012

por | 23 set, 2011 | Turismo Adaptado | 0 Comentários

O Paço dos Duques de Bragança recebeu importantes melhoramentos para facilitar a acessibilidade aos seus visitantes. O monumento localizado no Monte Latito já dispões de um elevador. Agora qualquer pessoa com limitações motoras pode percorrer os diferentes espaços expositivos e apreciar as coleções do palácio.

Tornar o monumento mais visitado de Guimarães mais acessível e inclusivo tem sido um desafio constante para o Diretor do Paço dos Duques de Bragança. Antonio Ponte admitiu que, desde que iniciou funções, procurou encontrar uma solução para eliminar as barreiras arquitetônicas que impediam uma fruição plena daquele espaço. “A estrutura física do imóvel levantava obstáculos à visita daqueles que tivessem dificuldades de locomoção”, observou ao demonstrar as adaptações introduzidas no monumento que tornam o espaço acessível e inclusivo a todos.

No seguimento do projeto de melhoria de acessibilidades apresentado no ano passado, contemplando pessoas com dificuldades de locomoção, visuais, auditivas ou mentais, o Paço dos Duques tem vindo a investir na aproximação a novos públicos. “O fato de Guimarães receber no próximo ano a Capital Européia da Cultura permitiu a apresentação de candidaturas a fundos comunitários, favorecendo a melhoria das acessibilidades”, realçou o Diretor.

Em função desse esforço, neste momento, “o Paço dos Duques é fisicamente acessível a todas as pessoas porque tem um elevador que garante a ligação do rés-do-chão (andar térreo) ao primeiro andar”. “O primeiro andar está todo equipado com rampas e passadiços (corredor de comunicação), permitindo que pessoas com dificuldades de locomoção possam percorrer todas as salas abertas ao público, enquanto as com dificuldades visuais dispõem de um roteiro em Braille e de uma selecção de peças que podem tocar e apreender a diversidade e riqueza do acervo”, acrescentou.

As pessoas com dificuldades intelectuais podem usufruir de diferentes actividades programadas e direcionadas às suas especificidades. A instalação das rampas contou com a participação do Programa O Novo Norte do ON2, no âmbito do Quadro de Referencia Estratégico Nacional com o apoio da União Europeia.

 

O Paço dos Duques de Bragança de Guimarães foi mandado construir no século XV por D. Afonso, (filho ilegítimo do rei D. João I e de D. Inês Pires Esteves), 1º Duque da Casa de Bragança e 8º Conde de Barcelos, por altura do seu segundo casamento com D. Constança de Noronha (filha de D. Afonso, Conde de Gijón e Noronha e D. Isabel, Senhora de Viseu).

Essencialmente habitado durante o século XV, assistiu-se nas centúrias seguintes a um progressivo abandono e a uma consequente ruína, motivada por fatores políticos e económicos, que se foi agravando até ao século XX. Entre 1937 e 1959 realizou-se uma ampla e complexa intervenção de reconstrução executada a partir de um projeto da responsabilidade do arquiteto Rogério de Azevedo. Paralelamente, procedeu-se à aquisição do recheio atual, composto por peças de arte datadas, essencialmente, dos séculos XVII e XVIII.

Elevado a Monumento Nacional desde 1910, ou seja, ainda antes da sua reconstrução, o Paço dos Duques de Bragança de Guimarães é atualmente um serviço dependente do Instituto dos Museus e da Conservação (IMC) e integra o Museu (1º piso), uma ala destinada à Presidência da República (fachada principal, 2º piso) e uma vasta área vocacionada para diversas iniciativas culturais (no rés do chão). O Paço dos Duques de Bragança de Guimarães é um dos Palácios Nacionais mais visitados por portugueses e estrangeiros.

Fonte: Guimarães Digital 

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