O Turismo no Brasil e a acessibilidade – Estamos preparados?
O crescimento da economia brasileira está dando a oportunidade para que muitos brasileiros consigam realizar o sonho de conhecer novos lugares, e esse número cresce cada dia mais. Um dos números que sempre chama mais atenção por sua urgência e imediatismo é a acessibilidade do turismo para pessoas com deficiência e mobilidade reduzida, seja esse público formado por deficientes físicos, obesos, idosos, entre outros. Apesar de ser sempre um número crescente, já que florescem projetos na área para melhoria da acessibilidade de todos os brasileiros, o número ainda não demonstra alcance suficiente, mostrando que ainda há muito o que se fazer, nessa área, pelo bem e a manutenção dos interesses de todos.
Que o público em geral – entre eles o de mobilidade reduzida – quer viajar sempre mais, não existem dúvidas. Todo mundo quer viajar, o tempo inteiro se pudesse, mas se não houver condições de acesso no destino escolhido todo o esquema da viagem complica, desde a reserva de hotel até as escolhas de passeio.
Em algumas cidades, como o Rio de Janeiro, existem projetos de praia acessível e de pontos turísticos também ao alcance de todos. O próprio Cristo Redentor, um dos maiores monumentos religiosos do mundo que foi considerado uma das sete maravilhas do mundo moderno, passou recentemente por reforma visando a melhoria dos serviços turísticos do espaço. Uma delas foi a criação de um novo elevador para facilitar o acesso de idosos e cadeirantes, e essa “pequena” preocupação já demonstra um grande avanço na intenção das cidades em gerar infraestrutura necessária para o público especial.
É possível encontrar opções de hotel no Rio de Janeiro com acessibilidade para pessoas com deficiência, pois muitos tem elevadores, rampas e quase nenhum degrau nos corredores e quartos. Contudo os idosos devem procurar muito bem uma estadia de confiança no Rio, já que algumas deixam a desejar em questão de cuidado com as pessoas mais velhas. Falta sinalização, corrimão, travesseiro específico… e não é só no Rio que esse tipo de situação pode ser até constrangedora. Seja em um hotel Florianópolis, São Paulo, Belo Horizonte ou Recife, o problema sempre parece ser o mesmo. É preciso começar a levar a acessibilidade ao idoso também a sério.
É preciso um movimento maciço para que grandes centros turísticos brasileiros dêem condições de acesso a todos os tipos de público, visando não somente o bem estar das pessoas que visitam a cidade como também o desenvolvimento da economia local, que querendo ou não acaba gerando uma boa receita com o vai e vem de turistas. A situação da acessibilidade, embora não regrida no Brasil, tem que caminhar a passos largos, e não de formiguinha, para atender à grande demanda de portadores de mobilidade reduzida do país e de todo o mundo. Afinal de contas a Copa do Mundo está aí, e o grosso dos serviços turísticos está se mobilizando para dar ao pessoal de fora toda a infraestrutura necessária em 2014 justamente para que eles gastem todo o dinheiro possível e movimentem a economia. Estádios, ônibus, shoppings centers e passeios públicos já estão se adaptando. Agora é adaptar supermercados, lojinhas, acesso à praia, aos diversos pontos turísticos e aos pequenos detalhes da cidade para que nenhum turista perca de vista os encantos brasileiros, esteja ele morando dentro ou fora do Brasil.
Este texto foi escrito pela redação do site Fala Turista, em colaboração ao Portal Turismo Adaptado
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