Quem acessa o projeto Histórias de Cego, tem a oportunidade de acompanhar de perto os textos escritos por Marcos Lima. Mais do que relatos, ele usa esse espaço para aquilo que considera sua missão:
“Mostrar que a pessoa com deficiência é igual a todas as outras, com defeitos e qualidades, cujo maior impedimento não é a deficiência, mas a falta de acessibilidade.”
Marcos conta que a ideia para o projeto surgiu de uma conversa entre amigos, quando falavam como seria legal ter um espaço onde pudessem contar histórias que os cegos vivem, e que as pessoas não sabem.
Desde 2013, o projeto ganhou um site, uma página no Facebook, e também foi adaptado para o formato de palestra.
Marcos explica que, quando as pessoas leem ou escutam o que tem a dizer, elas entendem que as vidas de ambos são muito mais próximas do que, a princípio, imaginavam.
“Incentivo as pessoas a perguntarem tudo o que elas quiserem, porque é assim que as barreiras caem. O preconceito vem do desconhecimento e, à medida que as pessoas entendem a minha rotina e as minhas dificuldades, elas compreendem também que não somos tão diferentes assim.”
Marcos, que também é jornalista, atua profissionalmente junto ao Comitê Rio 2016, o qual tem a missão de organizar os Jogos Olímpicos e Paralímpicos. Da equipe de Integração Paralímpica, ele conta que, neste ano, os Jogos Paralímpicos devem contar com mais de 4,3 mil atletas e 3,3 milhões de ingressos à venda, o que é mais do que a Copa do Mundo de 2014.
Além disso, Marcos também é o fundador e vice-presidente do Urece Esporte e Cultura. Assim, com sua atuação em tantos projetos, Marcos dissemina a sua mensagem:
“É sempre muito gratificante ver o quanto a plateia tem o coração aberto. Falar com gente transforma pessoas. E isso é lindo, me sinto honrado em ter o projeto Histórias de Cego. Convido os leitores a curtirem o nosso Facebook, a acessarem o site… Quanto mais a mensagem se espalhar, melhor. Não por mim, mas por todas as pessoas com deficiência no Brasil.”
Fonte: Tudo & Todas