Filme baseado na história real de Abebe Bikila, maratonista etíope, primeiro homem a vencer duas maratonas olímpicas, primeiro atleta negro africano a conquistar uma medalha de ouro nos Jogos Olímpicos e considerado por muitos como o maior maratonista de todos os tempos.

É uma bela de história de luta, força e determinação de um atleta. Herói nacional após chegar ao topo olímpico por duas vezes seguidas, nas Olimpíadas de Roma em 1960, correndo descalço os 42km, e em 1964, nas Olimpíadas de Tóquio, algumas semanas após uma cirurgia de apendicite, teve seus planos de conquistar a terceira medalha olímpica interrompidos, devido a um grave acidente de carro, que lhe deixou paralítico.

Abebe Bikila practices for the Paralympic Games

Abebe Bikila competiu em campeonatos de Tiro ao Arco depois do acidente

Mesmo durante o período internado, na Inglaterra, Bikila não desistiu do seu sonho de ir a Munique. Ele jamais perdeu seu espírito competitivo e chegou a participar de um campeonato de arco e flecha. Nesse tempo, Bikila se questionava por quê os velhos “amigos”, que antes estavam sempre com ele nos momentos das alegrias e das vitórias não ligavam para ele agora, que estava doente.

Ao voltar à Etiópia, em conversa com seu técnico e amigo Onnin Niskanen declarou que mesmo sendo pouco provável que ele voltasse a andar e que estivesse em Munique competindo, a corrida jamais sairia de seu coração. Onnin o entrega então uma carta que a federação de atletas recebeu, por parte do Imperador. Era um convite do Rei da Noruega, para participar de uma corrida de esqui em Beitostolen, a pedido de um músico cego, Erling Stordahl.  Foi sua última vitória em uma corrida.

“No verão de 1972, Abebe Bikila viajou para os jogos Olímpicos de Munique, para ser homenageado, junto a outro legendário atleta, Jesse Owens.

Abebe Bikila morreu de hemorragia cerebral no dia 23 de Outubro de 1973, dois anos e meio depois de sua última corrida e vitória na Noruega. Tinha 41 anos. Durante sua carreira, Bikila ganhou 12 das 15 maratonas em que participou. A medalha de ouro nas Olimpíadas de Roma em 1960, foi a primeira a ser entregue a um atleta africano.

Apesar do domínio da África Ocidental em corridas de longa distância, Bikila tornou-se num campeão de esperanças para um continente em busca de determinação. Foram precisos 500 mil soldados italianos para ocupar a Etiópia, e apenas um soldado etíope para conquistar Roma”

Fonte: Alexandre Araújo

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