Museu da Pessoa. Um museu de histórias de vida, onde a pessoa é o fator mais importante.
A missão do Museu da Pessoa é contribuir para tornar a história de cada pessoa valorizada pela sociedade. Visamos um mundo mais justo e democrático baseado na história de pessoas de todos os segmentos da sociedade.
Valores
O Museu da Pessoa acredita que:
• Toda história de vida tem valor e deve fazer parte da memória social;
• Ouvir o outro é essencial para respeitá-lo e compreendê-lo como par;
• No protagonismo histórico: todas as pessoas têm um papel como agente de transformação da História. Democratizar e ampliar a participação dos indivíduos na construção da memória social é atuar na percepção que os indivíduos e os grupos têm de si mesmos e de sua situação conseguir em nome de outrem;
• Integrar indivíduos e distintos grupos sociais por meio da produção e conhecimento de suas experiências é atuar para romper o isolamento de alguns grupos sociais e impulsionar processos de empoderamento fundamentais para mudar relações sociais, políticas e econômicas.
Desde o início, o objetivo foi construir uma rede internacional de histórias de vida capaz de contribuir para a mudança social. Apesar de não haver internet, no começo já os definíam como um museu virtual – ou seja, um museu para preservação de histórias de vida, organizadas em uma base digital (banco de museus, CD-ROMs, etc.). O objetivo principal era criar um novo espaço onde cada pessoa pudesse ter a oportunidade de preservar sua história de vida e de tornar-se uma das múltiplas vozes da nossa memória social.
O Museu da Pessoa acredita que a memória social, construída democraticamente, poderia contribuir para criar diferentes perspectivas da nossa sociedade. Uma história de vida é, sem dúvida, uma forma poderosa de entender uma pessoa. Mais do que isso, conhecer – por meio da escuta ou da leitura – um grupo de histórias de vida é uma maneira incrível de expandir nossa visão do mundo, pois elas são peças de informação únicas, que nos mostram como as diferentes pessoas criam suas próprias realidades.
Um dos projetos mais recentes foi o livro Vida, com fotos de diversas pessoas, acompanhadas de um breve texto, mostrando a vida de uma forma marcante. Ricardo Shimosakai que já deixou sua história registrada no Museu da Pessoa, foi convidado a participar do projeto Vida. O livro tem sua visualização gratuita através da internet e pode ser acessado através do link VIDA . As fotos de Ricardo podem ser vistas nas páginas 98 a 105 do livro.
O Museu da Pessoa é hoje formado por quatro núcleos (Brasil, Canadá, Estados Unidos e Portugal). Eles são autônomos, auto-sustentáveis e ligados por uma metodologia e objetivos comuns. O Museu da Pessoa no Brasil foi o primeiro e desde o início trabalhou em busca da sua auto-sustentabilidade. Realizamos em torno de 100 projetos, desde projetos de memória institucional até outros focados em desenvolvimento local e educação. Todos eles usam a metodologia de história oral e além de resultar em um produto, sempre agregam histórias de vida ao nosso acervo virtual.
O Museu da Pessoa entende que para ter uma rede real de histórias de vida capaz de começar a mudar a maneira como a sociedade cria suas narrativas históricas, tem que conectar quem fala com quem quer ou tem que escutar as histórias. Essas conexões definitivamente ajudariam a estabelecer novos parâmetros educacionais para entender a História. Então, utilizar o poder das histórias de vida para conectar gerações, comunidades e diferentes níveis de poder na sociedade é um passo essencial. Hoje, as histórias digitais podem ser feitas por meio de diversas novas tecnologias: podcasting, blogs, documentários digitais, web rádios, etc. Nosso desafio é aproveitar todas essas possibilidades para criar verdadeiras correntes que possam resultar em mudanças reais na sociedade.
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Fonte: Museu da Pessoa
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