Miss Bumbum que ficou tetraplégica nega tentativa de suicídio
Débora Dantas, a Miss Bumbum Paraíba 2015 que caiu do quarto andar de seu prédio no dia 31 de maio e ficou tetraplégica, está fazendo fisioterapia e tem fé de que voltará a andar. A modelo, que jé recuperou parte dos movimentos dos braços, falou com exclusividade ao EGO e afirmou que o ocorrido não foi uma tentativa de suicídio. “Eu estava na melhor época da minha vida, minha revista estava rendendo lucros e eu estava viajando o Brasil todo”, disse ela, que tinha acabado de posar nua para a “Sexy”.
“Ideia de bêbado que acabou em tragédia”
De acordo com Debora, o que aconteceu foi um acidente. “Era meia noite e pouco do dia 31 de maio e eu estava com viagem marcada no dia seguinte para ficar um mês no Rio de Janeiro, já com tudo pago. Desde cedo estava bebendo e me despedindo dos amigos. Voltei para casa e tinha dois amigos com as motos estacionadas embaixo da minha varanda. Fui me despedir deles pela sacada e subi em cima da cadeira onde eu me sentava sempre de manhã para tomar café. Foi uma ideia de bêbado mesmo, que acabou em tragedia. Infelizmente não houve tempo de se evitar uma tragédia”, diz ela.
Experiência transcendental
Debora ainda se lembra de sentir sua mão escorregar, ouvir uma gritaria muito forte e sirene de ambulância. Ela relata ainda que teve uma experiência transcendental. “Já na entrada do centro cirúrgico um senhor magro e alto vestido com sapato preto, calça preta e camisa de gola pólo preta chegou perto de minha maca, tocou em mim, me analisou e falou ‘Vamos, está na hora de ir’. Foi quando alguém atrás respondeu: ‘Ela não vai ainda, ela vai fazer cirurgia”. O homem, então, foi embora nitidamente chateado.”
Recuperação
Em um vídeo divulgado pela modelo, ela aparece fazendo fisioterapia e dando seus primeiros passos após o acidente. “Eu estou com muita fé de que vou voltar a andar. Minha lesão está melhorando, eu não seccionei a medula, ela só se comprimiu em 20%, então a expectativa de voltar a andar com o tempo é muito grande. Sei que é questão de tempo, então estou esperando. Às vezes fico triste, mas na maior parte do tempo tento me manter convicta de que voltarei a andar. Tudo indica que voltarei, o movimento dos meus braços e dedos está voltando, movimentos muito maiores do que eu tinha antes”, comemora.
Débora relembrou o momento em que recebeu o diagnóstico. “Depois de passar por uma cirurgia, o neurologista veio com o diagnóstico de que eu estava tetraplégica e que minhas chances de andar eram quase nulas. Não sei por que, mas no momento não fiquei triste, não fiquei decepcionada e não fiquei extremamente impressionada, só sabia agradecer a Deus por estar viva e ter mais uma vez a chance de ver meus amigos e minha família.”
“Não vou bancar a santa”
Agora, Débora planeja escrever um livro contando sua experiência. “Esse acidente me fez e me faz repensar várias atitudes de minha vida que talvez tenham sido equivocadas. Eu assumo, sim, a responsabilidade por todas elas, sem hipocrisia e sem vitimização. Pensando nisso resolvi escrever um livro onde vou relatar todo meu passado e todo meu presente e, se Deus quiser, todo futuro quando conseguirei estar totalmente recuperada. Não quero ser como mais uma daquelas meninas que quer bancar a santa depois que aprontou todo o possível na vida e vão de um extremo ao outro, mas quero contar coisas como a vida que tive em Brasília, várias verdades ocultas de nossos representantes políticos e principalmente mostrar para jovens como eu, que todos os dias são bombardeadas por ideias da mídia de como ser e viver, que ser e viver de uma forma diferente é perfeitamente normal e correto.”
Fonte: EGO
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