Contrariando as previsões médicas, Lori e Dori Schappell, as gêmeas siamesas mais velhas do mundo, festejaram o aniversário de 53 anos. As duas, da Pensilvânia, nos Estados Unidos, garantiram que levam vidas normais.

As irmãs contaram que têm personalidades e gostos diferentes. Há quatro anos, Dori decidiu viver como homem. Se apresenta como George e veste roupas masculinas. Lori, por sua vez, já teve alguns namorados. Chegou ficar noiva, há cinco anos, mas quatro meses antes do casamento o noivo morreu em um acidente de carro. Dori não bebe, enquanto Lori adora vodka. Mas a ressaca no dia seguinte, é só para a irmã que bebe, mesmo. Lori não perde uma oportunidade de mudar o guarda-roupa, enquanto Dori não liga muito para moda.

Em comum, as irmãs possuem 30% do lóbulo frontal do cérebro, o que impede que elas façam a cirurgia de separação. Mas elas não veem problema nisso. “Não há nada de errado conosco, fora a parte física”. Lori tem um corpo normal, mas Dori não pode andar, e precisa utilizar uma cadeira de rodas adaptada para se locomover. “A maioria das pessoas não acredita que temos vidas muito normais”, conta Dori.

As siamesas costumam viajar e não perdem uma oportunidade de aproveitar a vida. “Nada nos impede de fazer o que queremos”, enfatiza Dori. As duas procuram preservar cada personalidade e moram sozinhas, em quartos separados. Cada noite dormem no quarto de uma. “Meu quarto é mais feminino e reflete minha personalidade, enquanto o de George tem diversos pôsteres de música”, conta Lori.

No que diz respeito à decisão de Dori viver como homem, as gêmeas garantem que não há problemas. “Foi muito difícil, mas eu estava ficando mais velho e simplesmente não queria viver uma mentira”, contou Dori. E a irmã não esconde o que pensa. “Obviamente foi um choque quando Dori passou a ser George, mas eu tenho muito orgulho dele”, disse.

A história das duas já virou documentário e, vez ou outra, elas aparecem em programas de televisão. E não é para menos. Além de despertarem a curiosidade na maioria das pessoas, as duas ainda precisaram aprender a lidar, da melhor maneira, com as diferenças. “Somos extremos distintos, mas apoiamos uma a outra o tempo todo”, resumiu Lori.

Fonte: Extra

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