Justiça condena shopping no interior de SP por preconceito à criança com síndrome de down

por | 17 jun, 2011 | Turismo Adaptado | 2 Comentários

Um shopping de Taubaté, a 120 km de São Paulo, foi condenado a pagar uma indenização de R$ 40 mil a uma família de moradores da cidade. O motivo: impedir uma criança com síndrome de down de brincar no parquinho. Para a Justiça, a medida foi preconceituosa e discriminatória.

Como qualquer criança de seis anos, a menina adora brincar em parquinhos. Mas, foi proibida de frequentar um deles porque tem síndrome de down. Em maio do ano passado, ela foi levada pela mãe a uma piscina de bolas dentro do shopping.

Quando acabou o tempo da brincadeira, a funcionária orientou a mãe a não levá-la de novo ao local. “A gerente do brinquedo falou que ela não poderia frequentar mais por ter síndrome de down. Falou que tinha cliente que tinha preconceito”, explicou Nadir Aparecida Silva, mãe da criança.

Ela fez uma reclamação por escrito ao shopping. Em seguida, recebeu o telefonema de uma funcionária. “A gerente de marketing ligou no outro dia para mim. Ela falou que ela não poderia freqüentar lá, porque não tem brinquedo especial para ela.”

Indignada, a família acionou a empresa na Justiça e venceu a causa em primeira instância. O shopping terá que pagar à família uma indenização por danos morais. Na sentença, o juiz apontou o despreparo dos funcionários e disse que eles agiram com preconceito e discriminação. O shopping não quis comentar o caso.

O promotor da Vara da Infância e da Juventude de Taubaté, Antônio Carlos Ozório, aprovou a pena. “Além de servir como lição, serve como um aviso para que esse tipo de conduta não ocorra. Hoje, nós temos que aceitar a diversidade e temos que incluir essas pessoas na vida social, familiar, na escola, na sociedade, no trabalho, como prevê as Nações Unidas (ONU).”

Ainda cabe recurso, mas o shopping também não comentou se vai recorrer. No processo, a defesa alegou que os funcionários não discriminaram a criança e que apenas advertiram os pais, que teriam passado do horário para ir buscar a menina.

[youtube=http://www.youtube.com/watch?v=spG6Ty4z0vg]

Fonte: G1

Compartilhe

Use os ícones flutuantes na borda lateral esquerda desta página

Siga-nos!

[et_social_follow icon_style="flip" icon_shape="circle" icons_location="top" col_number="auto" outer_color="dark" network_names="true"]

Envolva-se em nosso conteúdo, seus comentários são bem-vindos!

7

2 Comentários

  1. neyza bravo mendes furgler

    esse preconceito cansa de acontecer com quem tem filhos especiais. eu mesma tive de brigar com um gerente de uma frota de taxi por que ele nao queria transportar meu filho, que anda, senta sozinho, coloca cinto de segurança sem ajuda, e se comporta como um adulto que é. mas, como é deficiente mental, foi discriminado. nao fiz nada contra a companhia de taxi, mas deveria, também ter processado. assim, aprendem a lidar com pessoas que sao diferentes mas nem por isso podem ser desrespeitadas em seus direitos.

    • Ricardo Shimosakai

      Grande parte das mudanças da sociedade em relação à acessibilidade e inclusão, é resultado das cobranças das próprias pessoas com deficiência. Então reclame, denuncie, e exija seus direitos. Todos irão se beneficiar

Enviar um comentário

Artigos relacionados

" });